quinta-feira, 26 de maio de 2011

A maior decepção da Liga Nacional de Basquete

Devemos confessar que terça-feira passamos o dia inteiro tentando vencer os sentimentos de raiva e de decepção pelos quais fomos tomados. Afinal, Brasília e Franca, pelo menos seus jogadores e torcedores, não tiveram qualquer parcela de culpa na decisão sem precedentes tomada pelos dirigentes da LNB antes de começar a série final, qual seja, de proibir a transmissão de uma emissora de rádio disposta a disponibilizar a série final a milhões de torcedores, de pelo menos 5 diferentes estados (sem contar, é claro, o serviço online).

Muito pelo contrário, jogadores e torcedores dos finalistas foram vítimas, assim como basqueteiros e todos aqueles que, de maneira geral, torcem pelo sucesso da nossa modalidade do país. Vítima de um ato que atingiu muito mais o basquete brasileiro do que a emissora de rádio pretendente, a Estadão/ESPN.

A volta do basquete brasileiro às rádios dos grandes centros urbanos sempre foi um sonho para o basqueteiro. Já houve tempo, não tão distante assim, em que até partidas dos principais campeonatos estaduais eram disponibilizadas nas grandes rádios.

Vale lembrar, hoje a principal liga de basquete do país é transmitida por uma única emissora de TV fechada e, ainda assim, só um pequeníssimo percentual das partidas é televisionada. Assim, há décadas, em algumas das cidades do interior, rádios locais cumprem um papel brilhante de levar o basquete aos torcedores. Também por isso, cidades como Franca, Bauru e Limeira possuem públicos tão apaixonados.

Com o basquete proibido de circular livremente nas ondas dos rádios, os feitos do imbatível time de Brasília, as atuações históricas de Guilherme Giovannoni e a contagiante entrega dos francanos ficaram restritas a um público infinitamente menor.

A grande teratologia da decisão da LNB é que ela causa prejuízos comerciais diretos às equipes que presenta. Se Assis fechou as portas, é porque nenhum grande patrocinador vislumbra capacidade de expor a sua marca através da equipe. Se o pool de empresas de Araraquara ameaça trocar o basquete da cidade pela Ferroviária e se a Brascola largou o basquete de Joinville para investir no futebol do JEC é porque a situação é realmente dramática.

Quando um evento esportivo é transmitido em rádio para um público potencial de milhões, ainda que os nomes dos patrocinadores não sejam narrados (frise-se que a prática da ESPN, ao contrário da Sportv, é de divulgar), ele tem a sua importância a sua redimensionada. O interesse de um novo público é despertado e, consequentemente, toda a grande mídia passa a acompanhar com maior ímpeto e boa vontade.

Não por outro motivo, ao ler sobre tal proibição pela primeira vez, na ótima análise de Thiago Rocha na coluna Chuá, custei a acreditar. Preferi questionar a LNB primeiramente, mas a resposta foi decepcionante: "Houve sim a consulta da Rádio Estadão ESPN. Porém, o pedido foi um pouco em cima da hora. Tanto a Liga quanto a Globo entendem que essa seria uma parceria viável para a próxima temporada e vão estudar a melhor possibilidade para que isso aconteça a partir da próxima edição do NBB".

Ora, foi um veto único e exclusivo da Rede Globo e a justificativa de o pedido ter sido "em cima da hora" consegue ser constrangedora e constrangida ao mesmo tempo. Novamente, ficou a LNB submissa aos interesses da emissora e não dos clubes que presenta (há muito tempo já prevíamos isto, confira). Não é a primeira vez e, não se engane, não será a última. Basta lembrar que o maior ídolo da história do nosso basquete, Wlamir Marques, por ordem da mesma Rede Globo, foi grosseiramente desconvidado a participar do júri do Torneio de Enterradas na primeira edição do Jogo das Estrelas (ele trabalha eventualmente como comentarista na ESPN).

Isso, obviamente, sem contar com a absurda e radical alteração do formato de disputa do próximo campeonato, trazendo ao basquete a detestada final em jogo único em quadra neutra, apenas para satisfazer à imposição da emissora de TV. E, mais uma vez, não seja ingênuo. A emissora não está fazendo um favor ou uma concessão ao disponibilizar 2 horas de TV aberta por ano ao basquete, mas sim finalizando um negócio que atenderá a interesses próprios. Para o basquete brasileiro, o ganho é irrisório se comparado com o direito à liberdade de divulgar livremente a segunda modalidade mais popular do planeta num país com quase 200 milhões de habitantes.

Tudo isso só nos decepciona. Ainda mais ao ver que dirigentes, da LNB e dos clubes, parecem ignorar a questão como um problema sério, jogando confete para todos os lados, como se o NBB de fato fosse um movimento revolucionário e que estivesse elevando o basquete brasileiro a níveis estrelares.

Essa é a parte que mais preocupa, pois decisões que fogem o senso comum começam a ser tomadas com frequência e a rejeição às críticas também aumentam. Aliás, o que eu mais vejo nas redes sociais da vida são mensagens de dirigentes como "Parabéns a nós, pelo sucesso da liga", "Somos o máximo, enchemos o ginásio". Ora, tenha paciência!

O que a LNB fez até agora pelo basquete foi o mínimo, isto é, com uma ou outra melhora, arrumar a bagunça feita pelos próprios dirigentes dos clubes com a valiosa participação da CBB na década passada, bagunça esta que quase foi responsável por extinguir o basquete nacional.

E tem mais: se há pontos positivos, e dá, com boa vontade, para encontrá-los, nenhum tem a ver com a parte de exposição da liga. A liga nacional é considerada uma atração pequena na sua emissora parceira, mais ou menos no mesmo nível do seu torneio de showbol. O site oficial segue uma tragédia do ponto de vista da forma e do conteúdo, não importa quantas vezes tenha sido criticado e quantas promessas tenham sido feitas para a sua reconstrução. Algumas equipes tentaram transmitir seu jogo pela internet e o resultado foi catastrófico, por mais dignas que tenham sido as tentativas dos pequenos setores de imprensa que cada time tem. Não há nenhum exagero em dizer que do ponto de vista de visibilidade a partir de estratégias organizadas, a liga tem só fracassado dia após dia e isso tem muito a ver com a submissão que tem em relação ao parceiro.

Cabe dizer que, olhando com atenção e não se deixando levar pelo entusiasmo juvenil de quem só sabe olhar o próprio umbigo, mudanças substanciais ainda não chegaram. A manutenção da liga deve ser comemorada, mas não passa de uma obrigação. Temos de ter muito cuidado com essa propaganda toda que será feita em relação ao grande público que compareceu nas finais.

Quem leva o público ao ginásio é o basquete e os seus ídolos. Se o Pedrocão estava lotado, palmas para Hélio Rubens, Vitor Benite, Helinho... se o Nilson Nelson recebeu 18 mil pessoas em cada um dos jogos, palmas para Guilherme Giovannoni, Alex, Nezinho... Atribuir o sucesso de público no ginásio aos dirigentes é um absurdo e contraria a própria história do nosso basquete. Afinal, mesmo num dos anos mais caóticos da história dessa modalidade, com Grego no comando do basquete, o Nilson Nelson recebeu um público de 24 mil pessoas, numa partida da temporada regular do antigo Campeonato Nacional (vide vídeo abaixo).


Finalmente começam a aparecer algumas revelações, mas também não se pode comemorar qualquer revolução técnica - os mesmos 4 ou 5 veteranos dominam o cenário nacional há quase uma década. O nível, a rigor, ainda está muito abaixo do que estava há 10 anos atrás (faça um teste e compare os principais elencos). Geograficamente, não se pode ignorar, o torneio nacional nunca esteve tão concentrado na Região Sudeste.

E, embora o caos da final do ano passado não tenha se repetido, problemas sérios de organização continuam a ser relatados pela imprensa, numa temporada que contou até com soco na cara de torcedor em jogador (praticamente impune). Por fim, franquias continuam encerrando ou suspendendo atividade (Limeira, Bira, Londrina, Assis e, potencialmente, Joinville e Araraquara).

Conheço boa parte dos dirigentes envolvidos no NBB e realmente acredito na boa intenção deles. Contudo, existe uma tolerância contra medidas equivocadas. E essa tolerância já chegou no limite.

A Liga se constituiu em um esforço de ser independente e se livrar das garras de Grego e de Carlos Nunes é condição fundamental para que os clubes sobrevivam de maneira inteligente. No entanto, ser independente significa uma coisa muito simples que qualquer criança em idade escolar sabe: não depender de ninguém. O que a Liga tem feito sem o aval da Globo? Trocamos um chefe por outro? Grego por Carlos H. Schroder? Carlos Nunes por Luiz Fernando Lima?

Somos fãs demais desse esporte para vê-lo reduzido a um novo produto nas mãos de executivos de televisão que podem até gostar do esporte, mas obedecem outra lógica. E que mesmo agora, em que mandam em tudo, não dão nada além de migalhas. E o basquete brasileiro tem trajetória, fãs, orgulho e potencial o suficiente para compreendermos que podemos muito mais. Acreditem no que estamos dizendo. Acompanhamos basquete de perto e há tempo o suficiente para dizer que sem o contrato de exclusividade com a Globo não estaríamos no fundo do poço. Estaríamos no mínimo, no mesmo lugar, se não ainda melhor!

39 comentários:

  1. Texto muito bem escrito e revelador. Só merece uma colocação: o problema de atribuir o "sucesso" de um torneio aos dirigentes não é exclusividade tupiniquim. Ontem, quando da vitória do Dallas Mavericks que fechou as finais da conferência Oeste da NBA, houve gritos de "MVP" para o grande alemão Dirk Nowitzki. No entanto, para vergonha de todos, quem levantou o troféu foi o "owner" (proprietário) dos Mavericks, Mark Cuban. Lamentável. O próprio Mr. Cuban pareceu esperar pela entrega do troféu a Nowitzki.

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  2. O texto expõe muito bem as mazelas que viciam o basquete, mesmo com o advento da LNB. Mas parte de uma premissa completamente errada: a de que a falta de exposição do produto é culpa exclusiva da parceira de mídia. A culpa lógico é dos dirigentes, que prenderam a liga a um contrato forjado pra proteger mais os interesses de quem o redigiu, ou seja, a própria Globo. Nenhum erro nesse ponto, apenas maior inteligência de quem detém o controle das cláusulas contratuais, tal como num contrato de adesão, o que autenticamente se revela a "parceria"...

    E duvido muito que a exposição de jogos no rádio suplantasse a tv. Como o próprio texto muito bem ressalta, o papel das rádios é fundamental para levar os jogos aos pequenos centros que possuem times com torcidas proporcionalmente pequenas, mas apaixonadas e fiéis. E todo mundo sabe que a Estadão/ESPN não passa de um subterfúgio para não pagar os direitos de arena em suas transmissões, já que as rádios estão isentas deles. Por mais que respeite a postura independente deles, e alguns dos bons profissionais que lá estão, no geral a direção deles é lamentável, procurando mais brechas financeiras para concorrer com a poderosa Globo do que qualidade editorial.

    Respeito a opinião do blog, como sempre respeitei, e concordo em muitos pontos, mas não vejo como demonizar a Globo vai resolver o problema. É muito mais fácil discutir tomando por base os interesses comerciais de ambas as partes, o que me parece faltar ainda aos dirigentes da LNB, ainda sujeitos ao amadorismo imperante nos tempos de CBB...

    Abraços!

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  3. Oi Victor,

    Eu concordo plenamente que a culpa maior é da LNB na elaboração ou na condução do contrato com a Globo (acredite, nem todas as concessões feitas à emissora estão tão claramente expostas e poderiam ser facilmente contestadas ou mesmo negociadas). Foi essa a impressão que tentamos passar no texto.

    Dito isso, você tem mania de achar que nós demonizamos tudo, talvez nos estereotipando de forma equivocada. Posso te garantir que, até pelo meu passado profissional, dificilmente alguém será mais pragmático e menos idealista neste tipo de assunto do que eu.

    Não tenho nada contra a Globo. Muito pelo contrário, tenho, no mínimo, 10 grandes amigos que trabalham na empresa, alguns em função de direção. A Globo, pelo contrário, apenas defende os seus interesses (e muito bem).

    Se a Globo quis tirar o Serginho Groisman da SBT para colocá-lo na geladeira às 2 horas da manhã, é um problema de Globo e Serginho Groisman. No entanto, estamos falando aqui de uma paixão por uma modalidade esportiva e, pior, de paixões clubísticas. Se eu não tiver mais legitimidade de criticar a relação de submissão entre LNB e Globo, resta-me trocar de modalidade predileta.

    Sobre a questão da ESPN/Estadão, discordo completamente de que transmissão por rádio é um subterfúgio para não pagar os direitos de arena. Rádio é rádio, televisão é televisão e ponto final. Assim não fosse, a CBN e a Rádio Globo seriam grandes fraudadoras de direitos de arena no futebol ou, pior, fraudariam as regras do antigo contrato com o Clube dos 13 toda vez que transmitisse por rádio uma partida para a mesma cidade em que ela foi disputada.

    Transmissão de rádio não concorre de forma alguma com transmissão de TV pelo simples fato de que ninguém com a opção de assistir pela TV escolhe a rádio. Por isso, há tanta liberdade para as rádios no futebol.

    Agora, concordo plenamente com o seu comentário sobre amadorismo. Existe uma negociação comercial em que uma das partes é amadora e inexperiente e a outra parte é uma das empresas mais profissionais do país. Se a Globo fala "meu amigo, isso é direito nosso", ninguém questionará e muito menos levará a questão a um departamento jurídico...

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  4. oi Fernando.. Concordo com você. Cuban, de ser diferente e simpático, se tornou uma espécie de xarope insuportável.

    Me parece um pouco o processo dos comediantes de standup comedy no país, se me permite a digressão rs

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  5. oi Vitor

    Vitor, acho que pontuamos bem que a maior crítica é à liga. Eu tenho todas as restrições do mundo em relação à Globo, mas acho que nesse caso, ele só faz o que qualquer empresa capitalista faz: controla o que contrata.

    o erro tem sido da liga. A globo não tem nenhum compromisso com o basquete. Quem tem é a LNB. E o que apontamos foi que eles não tão fazendo o que deveria ser feito.

    Ninguém aqui está demonizando a Globo. Acho que aquele documentário da BBC já fez isso o suficiente.

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  6. Primeiramente, parabenizo aos editores do blog pelo texto publicado. Isso é de grande valia ao meio do basquete nacional.
    Sou francana e, claro, torcedora apaixonada do Vivo/Franca Basquetebol Clube. Acompanho as partidas sempre que é possível. Aquelas que não são televisionadas e podem ser acompanhadas por links de rádio online também me fazem sentir emoção tal qual se estivesse visualizando as imagens televisionadas ou vistas diretamente do Pedrocão.
    Acabo de escrever esse comentário no link postado que dá acesso à página do texto e achei oportuno postá-lo aqui também.
    Aí vai ele:

    Quando decidiram fundar a LNB foi porque não concordavam com decisões arbitrárias da Confederação. Por um tempo, parecia que o quadro de situações havia mudado. Mas o mercado é capitalista e tudo visa o lucro financeiro, pois outros "tipos" de lucro não possuem valor algum. Mais cedo ou mais tarde isso aconteceria e a "poderosa" agora entra em ação, como faz como as partidas de futebol. Infelizmente, não acontece o que pode ser positivo para os dois lados. Uma Liga hipossuficiente reflete muita fragilidade e consequentes erros "bobos" que, caso não sejam revertidos, geram inesperança para o futuro do basquete no Brasil.

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  7. oi Amanda, obrigado pelo gentil comentário. Queria saber onde você viu o link que te trouxe até aqui, porque não entendi muito bem.

    acho muito importante você colocar isso. Acho que você aborda um ponto que me parece chave, e que a gente toca rapidamente aqui no texto. A liga independente pressupõe o que? Independência. O que fizeram até aqui? Trocaram os patrões.

    Duvido, duvido mesmo, que os associados participam de todas as decisões. Eles são informados e concordam. Eles sequer estão acostumados a poder decidir. Por isso é tão fácil encontrar na globo em vez de um parceiro, ou um cliente-contratante, um patrão!

    É um vício de ser mandado. Se eles entendessem que com liberdade e autodeterminação poderiam ir muito mais longe.Não duvido que muitos diretores da liga vão ler nosso artigo e concordar com ele! Sem parar pra pensar que poderiam muito mais.

    Uma liga independente tem que ser de fato independente, né? Não só independente da CBB.

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  8. Cara vcs disseram tudo, o problema é a LNB, qualquer impresa tem de olhar para o se próprio umbigo,é isso que a globo faz! Mas, mais do que isso, quem acompanha esporte naturalmente percebe o jeito calculista e sem qualquer preocupação que diversos esportes são tratados pela Globo.

    ISSO NÃO DEVERIA SER SUPRESA, E ISSO NÃO É UMA "DEMONIZAÇÃO" DESSA EMISSORA, SÃO FATOS!
    O QUE IMPÔE QUE QUALQUER ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA QUE ENTRE EM NÉGOCIOS COM ESSE TIPO DE EMISSORA TEM DE ESTAR CIENTE DISSO, PARA MANTER SUA INDEPEDÊNCIA, PARA FORJAR MEDIDAS DE INTERESSE DO ESPORTE, É ISSO QUE TEM QUE ESTAR A FRENTE: O BASQUETE.

    O pior é saber que o quadro não mudará, até porque pelo o que eu li a globo tem um contrato até, pasmem!: 2016.

    Isso mesmo, um contrato fixo durante o período que mais teríamos poder de barganha: no ciclo olímpico.

    Não aumentará o preço dos direitos televisivos nesses próximos anos que notadamente existe a possibilidade do BASQUETE crescer.

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  9. só lembrando, a rádio aqui de são josé dos campos transmitiu todos os jogos do são josé e trouxe muitos torcedores pro ginasio!!!
    continuará para proxima temporada, como não existe PPV no NBB então os jogos fora que nao possamos acompanhar o time é por ela que conseguimos noticias dos nossos jogadores.. abraços e belo texto.. falou muito bem!!

    André - SE - SJC

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  10. Ótimo texto

    Eu só queria saber quais foram as propostas dos outros canais esportivos (ESPN, Bandsports e Esporte Interativo), essa historia da venda dos direitos é muito mal contada, eu por exemplo não sei de quase nada. Mas tem sim uma tendencia dos nossos esportes aqui se venderem para a toda poderosa, afinal eles oferecem uma grana muito maior do que as outras empresas, e no caso do basquete brasileiro, se aproveitaram do péssimo momento e a organização teve que se agarrar a isso. Se tivessemos as partidas televisionadas pelos outros canais esportivos, certamente a Globo não iria incluir o basquete local em seus noticiários, porém quando foi noticiada a venda dos direitos, nós fãs pensavamos que iriamos ter o basquete diariamente no globoesporte por exemplo, várias transmissões pelo Sportv, alem de uma ou outra partida na Rede Globo, mas hoje após 3 anos de liga, vemos que está tudo muito aquém do esperado, a liga está boa, mas a divulgação dela é muito fraca.

    Gustavo Ganso 'GuTO'

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  11. Parabens pelo texto... nada a acrescentar a nao ser que a pioneira em transmissao de jogos, tanto em TV como pela internet, é a equipe de Assis que ja chegou a contratar links para transmissao ao vivo para a tv a cabo local transmitir jogos em FRANCA, LIMEIRA, dentre outras cidades... ainda, foi a unica equipe de toda Liga Nacional que transmitiu todos seus jogos atraves da internet (twitcam)
    http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/midia/19/19036/Cruzeiro-busca-Assis-Basket-por-know-how-em-Twitter/index.php
    http://gatilhaco.blogspot.com/2010/12/pessoal-como-havia-dito-o-marcus-gil.html

    gde abraco e que continue expondo seus pensamentos os quais muito contribuem para o basquete

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  12. Meu caro Guilherme,

    Há uma ENORME diferença no seu argumento "trodcaram os patrões". Antes o patrão era de detentores de um lobby político. Agora está se depositando e repartindo entre os clubes uma soma expressiva de dinheiro.

    Quem paga mais quer e tem direito à exclusividade. Não quer que seja exclusivo, então assine contratos menores e corra atrá de receitas pequenas para fechar a mesma conta do contrato de exclusividade.

    Isso é profissionalismo. Isso é modelo de gestão. Isso é o que a NBA faz. Isso é o que as ligas de futebol européias fazem. Cada qual com um modelo diferente, mas cada um assumindo a sua estratégia ou de um contrato guarda-chuva ou de vários pequenos contratos fragmentados.

    O problema de vocês parece mais ser em relação ao sotaque das transmissões do que com a tal independência da LNB.

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  13. Anônimo das 14h04

    Antes os patrões não eram detentores de lobby nenhum. Era a confederação da modalidade. O movimento mundial de ligas é muito anterior a daqui e não há nenhum caso, nenhum, em que a subserviência seja tão grande quanto aqui.

    Quem paga mais quer ter direito à exclusividade. Culpa é de quem assinou o contrato, certo? Pois é, é o que acho. A culpa não é do Grupo Globo. Todos sabem a história da Globo no país e de seu apreço ao lucro e ao poder. Quem entrou numa parceria festiva com ela foi a Liga que ainda não notou o quanto poderia ser muito melhor se fosse menos submissa. É sobre isso o texto.

    Engraçado você falar de NBA. Quer mesmo fazer essa comparação?Não tem vergonha?

    Vamos lá então. A NBA tem uma política que vai exatamente na direção oposta da LNB. Tem transmissão todos os dias, nas mais variadas programações locais, além do LP, rádios, tv aberta e tv fechada,dos mais diferentes grupos. No Brasil, pra se ter idéia, existem 3 grupos diferentes transmitindo NBA (Space, EI e ESPN), além do Terra TV e do ILP.

    Por fim, o problema nosso parece ser do sotaque?Bom, o Alfredo é carioca, terra natal da emissora que transmite os jogos. Eu sou paranaense e moro em São Paulo, e não tenho nenhum problema com o Rio de Janeiro. Pelo contrário. Sou fã de inúmeras personalidades cariocas.

    Nenhuma dessas que admiro apoiou através de canais de grupos de comunicação a ditadura militar e as principais políticas nefastas brasileiras.

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  14. Anônimo das 13h12

    seu comentário é perfeito, preciso. Vai bem no sentido que estamos apontando aqui. Valeu pela leitura!

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  15. grande Ganso Guto, o youtubador geral da internet brasileira


    eu acho que o texto é menos sobre a opção tomada na época, e mais sobre a maneira como a LNB é submissa à globo.

    Se a Globo é quem mais paga, tem que fechar com eles mesmo. No entanto, você não pode perder a direção do processo. Acredito que hoje, a LNB perdeu.

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  16. Anônimo das 13h48

    O Giro no Aro é composto por dois caras que torcem demais por Assis, já há algum tempo. Ficamos muito triste com o fim do time.

    Acompanhamos as tentativas inovadoras do marketing da equipe na tentativa de atrair torcedores pro ginásio por meio de flash mob, bem como as transmissões da twitcam.

    Uma pena que a estrutura tenha sido tão pequena. Pelo entusiasmo e capacidade de criação demonstrada, deu pra ver que vocês poderiam muito mais. Quem sabe uma equipe de transmissão, com ilha de corte, pelo menos 3 câmeras, comentarista, narrador e repórter? Hoje, subserviente como é a liga, isso seria basicamente impossível. Ou melhor "deixariam pro ano que vem".

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  17. Fala André Joseense

    vetar a presença da rádio Estadão ESPN foi tão arbitrário que nem notou para o fato de que, ao longo de todo campeonato, inúmeras rádios fizeram esse belo trabalho.

    além de descabida, sem visão, constrangedora, esse veto, essa censura, para usar um termo mais político, é contraditória com a própria prática comum.

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  18. Vergonhosa e covarde a passividade da LNB. Quanto à Globo, vocês disseram bem que a maior culpa é da própria LNB. Sinceramente, no início da parceria até me animei, mas episódios lamentáveis que aconteceram, como no caso Wlamir Marques, mostraram que essa têm sido e continuará sendo a forma de conduta da empresa: interesses próprios acima de tudo.
    Sublime o texto de vocês! Parabéns pelo trabalho sério e coragem de trazer tudo isso à tona!
    Abraço!

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  19. Sobre a questão do Mark Cuban.
    É tradição nos esportes americanos, o dono da franquia receber o troféu primeiro.
    Até acho justo, por que afinal ele é quem paga toda a rapaziada!
    Abraços
    Luiz

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  20. É verdade. Sempre (ou quase) o dono da franquia recebe o troféu e, aí sim, repassa aos astros.

    Sobre o tema central do texto: perfeita a análise. Subserviência descabida. Os dirigentes da LNB parecem aqueles manés de filme americano que para ter direito a "andar com os populares" faz tudo o que lhes é ordenado.

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  21. Guilherme e Alfredo:

    Entendam bem: nunca vou ser contra o direito de vocês de criticar quem quer que for. Apenas me reservo ao direito de acompanhar as críticas ou discordar delas. E com ou sem anuência dos leitores, elas vão ser sempre legítimas, especialmente quando colocadas com a propriedade com que vocês fazem.

    Mas sustento meus pontos discrepantes do artigo. Creio que vocês não entederam exatamente minha posição: a "demonização" de qualquer veículo de mídia, seja ele contratante, contradado, livre, manipulador, capitalista, socialista, comunista ou o raio que o parta, não me parece correto. Apesar de que o Guilherme compreendeu o ponto sobre negociação. Também acho difícil acontecer, porque esbarra no amadorismo dos dirigentes de basquete, mesmo os bem intencionados. Do lado da Globo, há vários profissionais de gabarito, provavelmente seus citados amigos inclusos. E duvido muito que estivesse em posição de fazer concessões a LNB na "parceria" o faria se você, por exemplo, fosse um dos diretores da Liga...

    A única coisa sobre a "demonização" da Globo, é que acho uma certa ingenuidade. As emissoras são todas farinha do mesmo saco: vide o que fez a ESPN ontem, relegando Dallas X OKC ao canal HD, de acesso exclusivíssimo, eis que integrando dos pacotes mais caros das tvs pagas, e portanto restrito a um público seleto...

    E quanto a diferenciação entre rádio e tv, só quis expressar que a transmissão de eventos esportivos pelo meio radiofônico não gera os mesmos dividendos das outras mídias porque não é discriminada nos contratos. Assim, não há quebra contratual. Se fosse assim, não se poderia nem comentar um jogo ao vivo no twitter... O subterfúgio, no caso, é usar a rádio pra transmitir eventos aos quais a empresa de comunicação em tela não tem acesso na tv, como faz a Estadão/ESPN. Apesar disso, acho legítimo o direito deles de transmitir. O problema é tentar misturar as linguagens televisiva e radiofônica. A transmissão de jogos da NBA na tv com narração de rádio ficou confusa no início, mas depois o Everaldo Marques achou o tom.

    Desculpe pelas divagações. Também acredito que a Liga tem muito a avançar, e ainda estamos longe do tempo em que os elogios devam ser tão efusivos quanto querem seus dirigentes. Só acho que o caminho não tem a ver com toda essa liberdade que vocês pregam. É preciso profissionalização, como toda boa liga que se preze. Basta haver equilíbrio nas regras, que hoje estão pendendo mais para os interesses comerciais e de mídia, do que para a modalidade em si.

    Abraços!

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  22. Nossa que raiva da Globo!!
    Estao tentando pegar carona, usando a NBB , para atacar na visao socialista de vcs, o capitalismo no esporte.
    Voces estao querendo ser o Che Guevara do basquete para a destruir a Globo?
    Infelizmente seus pensamentos marxistas estao entrando em conflito com uma realidade que se chama basquete, esporte.
    Post de pessimo gosto, e de caronista.

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  23. Anônimo ridic...! esse das 16:06 vem insultar quem quer que for de CHE GUEVARA!
    Saiba que CHE lutou pela liberdade em diversos lugares no mundo para não ver pessoas morrendo em baixo do chicote do caudilhismo(coronelismo) que se instalou na A.LATINA! Situação essa que tem ressonância nas discrepâncias entre EUA e CANADÀ em relação ao resto da américa!Hoje.

    Quem pode ter a idéia de ximgar alguém de uma das maiores personalidades da história?! E achar que é um insulto?!

    Vá estudar um pouco, eu não me supreenderia se vc fosse parente dos coronéis assassinos que mataram CHÊ.

    VC É BOLIVIANO? kkkkkkk!

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  24. "É preciso profissionalização, como toda boa liga que se preze. Basta haver equilíbrio nas regras, que hoje estão pendendo mais para os interesses comerciais e de mídia, do que para a modalidade em si."
    Apesar de aparente discordância, o blog e o Victor Dames, como se observa pela citação acima, clamam pelo mesmo caminho a ser seguido.

    Gostei do texto, senhores. Pra mim, o melhor do blog até agora.
    Abraços!

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  25. Ridiculo e nojento isso que está acontecendo com o nosso basquete !Lamentavél , indignação pura ! Pois quem perde é somente o Povo Brasileiro mais uma vez!!

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  26. Por essas e outras que não acompanho mais nenhum evento esportivo nacional, com exceção dos jogos do Fluminense.

    Gustavo do Nascimento.

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  27. Che personaldade??? ahahaha essa foi boa

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  28. anonimo de cima tentando achar uma brexa no texto do Che ali, mas a verdade é que o anonimo das 17h falou tudo... ignorancia é foda, vamo estudar meu povo.

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  29. che foi o maior traidor de fidel e merceu seu final.
    foi um aproveitador, sem idealismo algum.
    a iberdade pregada que o anonimo das 17;00 diz esta muito bem explicada ate hoje por cuba.
    rsssssssss
    grande che

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  30. grande che
    grande tadeu
    grande alfredo

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  31. Grande Alfredo,ou melhor planaria.
    Salve para voce também.
    .

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  32. A globo(sportv)tem ainda o monopolio de td tipo de transmissoes.Isso eh o inadmissivel! Quantos programas ou eventos ela ja nao comprou apenas para deixar as outras emissoras transmitirem? Colocando pequenas reportagens soh p justificar.A coisa eh complicada, e ja vem de longe.Culpar a LNB pela proibicao da transmissao via radio eh muito pouco, mas vale lembrar q sem a "poderosa" o basquete estaria na mesma.eh complicado mesmo.
    Imaginem o q farao nas Olimpiadas de Londres? Qdo os direitos de transmissao nao serao da globo.

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  33. Anônimo das 02:17, as Olímpiadas de Londres já não são, a Record comprou. Mas daí, só muda o endereço. Não duvido nada que no fim das contas, a Globo mande uns caminhões de dinheiro pra emissora do bispo pra receber um sublicenciamento, como hoje ela mesmo faz com a Bandeirantes, por exemplo...

    O problema do monopólio da Globo não é só econômico, afinal hoje a Record já tem dinheiro pra concorrer com ela, e há vários bons jornalistas espalhados por todas as emissoras (ruins também). A questão é que ela ainda domina os recursos técnicos de transmissão. Por essas e outras, a ESPN não consegue transmitir mais que três eventos esportivos, sendo um limitado ao seleto público com acesso a HD, e as outras só exibem um de cada vez, e olhe lá.

    Abraços!

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  34. Não tem essa de des-demonizar a Globo.

    A Globo é tão culpada quanto os dirigentes da Liga.

    Ley de Medios já!

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  35. Somente um texto de qualidade desperta tanta discussão e debates. Jornalismo de primeira é isso aí.
    Um abraço.
    Paulo Murilo.

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  36. A victor james:
    Nao acho que a record ainda tem poder de barganha com a globo. A globo eh junto com a televisa ,do mexico,a maior...A MAIOR, emissora da america latina. A globo eh sim detentora dos maiores eventos esportivos do mundo.Logo. boicota tudo que vai ter na olimpiada.Num pass a nada p record..Mundiais de atletismo,natacao,...etc...Nao, a toa, passou as finais da euroliga de futebol...tv aberta..nunca fez isso.Soh issso q eu quero dizer!....eh uma pena! Gostaria de ver basquete ateh na gazeta-sp.....e qto a olimpiada ,p cada camera da record..( do impoluto bispo). a globo tem 300, e concordo c vc, josrnalistas mais jovens e inexperientes...mas ele estao preocupados? nos nos ferramos...abrs
    manoel

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