sábado, 30 de julho de 2011

A seleção universitária

Numa temporada de seleções movimentada como há muito tempo não se via, chegou a hora de comentar sobre a seleção universitária que disputará a Universíade na China, entre 12 a 23 de agosto.

A equipe será comandada por Walter Roese, que também foi o técnico nas Universíades 2007 e 2009. Nessas últimas duas edições, que foram as únicas que acompanhei pela internet, a seleção brasileira ficou na 19a e na 18a posição, respectivamente.

Para essa temporada, Roese conseguiu reunir um grupo, ao menos no papel, mais forte do que nas últimas edições. O time terá um garrafão comandado por 2 promessas do basquete brasileiro: Lucas "Bebê" Nogueira (Estudiantes/ESP) e Fabrício Melo (Syracuse/EUA). Roese contará mais uma vez com André Góes (ex-Pinheiros), um dos nossos destaques em 2009. Além disso, o Scott Machado armador brasileiro erradicado nos EUA desde sempre é uma novidade (Iona University/EUA).

Apesar disso, o elenco sofreu duas baixas importantíssimas: Rafinha e Islam Toledo. O armador ex-Vitória pediu dispensa depois de assinar com o Americana, enquanto que o atlético ala-pivô, principal destaque do time campeão pan-americano universitário, alegou motivos pessoais para não disputar a Universíade.

O time passou as duas últimas semanas em São Sebastião do Paraíso se preparando. Durante o período, foram realizados dois amistosos contra o time adulto de Franca (uma vitória e uma derrota), que contou com o seu novo reforço: Rafael "Baby" Araújo. Hoje, a seleção universitária viaja para a Alemanha, onde defenderá o título do Top Four Nation (contra Alemanha, Japão e Romênia).

Equipe brasileira: Scott Machado, Gegê, Henrique Medeiros, André Luiz Bresolin Góes, Frederico "Varejinho" Duarte, José Jairo Júnior, Isaac Gonçalves, Rodrigo Silva, Fabricio Mello, Ralf Ansaloni, Lucas "Bebê" Riva e Rafael Stabile. Técnico: Walter Roese. 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Resumão da última semana no basquete

É fácil perceber: o Giro no Aro anda paradão e a perspectiva é a de que permaneça devagar nas próximas semanas. No entanto, o basquete não parou nos últimos dias. Pelo contrário, a última semana foi bem agitada na nossa modalidade.

Façamos então um pequeno resumo do que aconteceu de mais importante:

- A seleção brasileira conquistou o Sul-Americano Sub17 de forma invicta, derrotando a Argentina duas vezes na competição, incluindo aí uma surra na final (74 x 48). O técnico Demétrius adiciona mais um título em sua curta carreira (foi campeão paulista pelo Limeira na temporada passada). Destacaram-se nas estatísticas Arthur Pecos, Deryk Ramos, Leonardo Demétrius e Lucas Silva.

- No Rio de Janeiro, a seleção brasileira conquistou a medalha de ouro nos Jogos Mundiais Militares 2011. Comandado pelo Rodrigo Alves, o GE.com fez uma ótima cobertura do evento.

- A seleção brasileira universitária se encontra em São Sebastião do Paraíso treinando para a Universíade 2011. Pela primeira vez em muito tempo, os universitários contam com apoio da CBB, que inclui a utilização do CT mineiro. Novamente, o técnico será Walter Roese, que deve contar com o Sub19 Lucas "Bebê" Nogueira, o "orange" Fab de Melo, o campeão pan-americano universitário Islam Toledo e o brasileiro/estadunidense Scott Machado.

- No Chile, a seleção brasileira feminina vai fazendo uma boa campanha no Mundial Sub19, comandada pela pivô fora de série Damiris Amaral.

- O Bala na Cesta produziu duas grandes entrevistas, com o MVP da NBA Dirk Nowitzki e com o novo reforço do Flamengo, Federico Kammerichs.

- Por falar em Kammerichs, duas das mais tradicionais equipes do basquete brasileiro mostraram as suas armas para a próxima temporada: Franca e Flamengo apresentaram oficialmente as suas equipes.

- A LNB divulgou nota oficial informando que 18 equipes se inscreveram pleiteando vaga na 4a edição do NBB. Anote aí: Uniceub/BRB/Brasília, Vivo/Franca, Pinheiros/SKY, Flamengo, Itabom/Bauru, Unitri/Universo, Univille/Joinville, São José/Unimed/Vinac, Winner/Limeira, Minas Tênis Clube, Araraquara, Paulistano, Vitória Basquete/CECRE, Vila Velha/Garoto/BMG/UVV, Clube Campestre (Assis Basket), e os postulantes Liga Sorocabana, Tijuca e Londrina (Associação Desportiva Londrinense).

- O ala Diego foi cortado da seleção brasileira principal por conta de uma lesão no joelho. O grupo de Rubén Magnano segue com 16 jogadores: Marcelo Huertas, Nezinho, Raulzinho, Rafael Luz, Marcelo Machado, Vitor Benite, Alex, Arthur, Marquinhos, Guilherme Giovannoni, Douglas Nunes, Augusto Lima, Caio Torres, Paulão, Rafael Hettsheimeir e Tiago Splitter.

- Na próxima 6a feira, inicia-se o "Basquete Sem Fronteiras Américas", evento promovido por FIBA e NBA que reunirá alguns dos principais jovens potenciais do continente no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rafael Luz na seleção brasileira

Através de um comunicado oficial, a CBB anunciou nesta quarta-feira que Rafael Luz integrará o grupo que se prepara para o Pré-Olímpico de Mar Del Plata.

A partir de hoje, o armador participará dos treinos com a seleção brasileira. Na nota oficial, a CBB explicou que o armador só não foi convocado anteriormente, tanto para a seleção adulta, quanto para a seleção sub19, por conta da "Lei de Cupos" da liga espanhola.

Essa regra impunha um número mínimo de espanhóis selecionáveis por elenco. Por conta dela, em 2009, Rafael Luz acabou sendo protagonista de uma enorme crise envolvendo CBB e Unicaja, eis que o clube tinha enorme interesse que Rafael Luz abrisse mão da seleção brasileira, tornando-se, além de um cidadão espanhol, um selecionável. A CBB, por sua vez, dificultou a vida do clube espanhol. Como revanche, o Unicaja pediu para que Paulão se retirasse da seleção brasileira imediatamente, impedindo a sua participação na Copa América 2009.

Agora, as novas regras em vigor na Espanha impõem novos critérios para a formação de elenco, priorizando mais o local de formação do atleta do que o fato de ser ou não ser selecionável para a Espanha.

Rafael é o caçula da família Luz, que deu ao basquete feminino três grandes jogadoras: Helen, Cíntia e Sílvia. Na última temporada da ACB, o armador de apenas 19 anos, teve médias de 5 pontos e 2 assistências. Ele jogou parte da temporada pelo Unicaja mas, no meio, foi emprestado ao Granada.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Duelo de invictos no Sul-Americano Sub17


A seleção brasileira vem fazendo uma boa campanha no Sul-Americano Sub17. Com 4 vitórias em 4 partidas, o time comandado por Demetrius Ferracciú está praticamente garantido nas semifinais do torneio.

Ontem, a nossa seleção derrotou o Uruguai, por 54 x 48, mantendo-se invicta na competição. Hoje à noite, a equipe enfrenta a anfitriã Colômbia, que também não sofreu nenhuma derrota até o momento. Se vencer o duelo, o Brasil ficará muito próximo da vaga para a final e, consequentemente, da classificação antecipada para a Copa América Sub18.

Com médias de 74,2 pontos feitos e 44,7 pontos sofridos por partida, a seleção brasileira possui o melhor ataque e a melhor defesa da competição continental. Além da Colômbia, a equipe ainda enfrentará Argentina e Equador na primeira fase da competição.

terça-feira, 19 de julho de 2011

De olho em Porto Rico

Como já deu para notar, o blog anda meio paradão. Infelizmente, a bola deve girar pouco por aqui nas próximas semanas. Pelo twitter, temos acompanhado a seleção militar e a Sub17 masculina, mas sem tempo para escrever muita coisa.

Por enquanto, no que se refere ao principal torneio de seleções do ano, o Pré-Olímpico de Mar Del Plata, vale ficar de olho na preparação dos rivais. 

Ontem, a seleção de Porto Rico finalmente iniciou seus treinamentos para a competição continental. Tal como nós, os portorriquenhos enfrentam sérios problemas no elenco. 

Nathan Peavy, Angel David Vassallo e Peter John Ramos já são considerados desfalques certos, por causa de lesões. Carlos Arroyo e Renaldo Balkman ainda aguardam definição de seguro para integrarem o grupo. Por fim, José Juan Barea foi liberado para começar os treinamentos apenas no dia 1o de agosto.

Apesar da forte turbulência, Porto Rico, um dos nossos principais adversários na luta por uma vaga olímpica, realizou um primeiro treino animado. Veja abaixo:

sábado, 16 de julho de 2011

Parabéns mestre Wlamir Marques!


Hoje Wlamir Marques, um dos maiores jogadores de basquete que já pisaram no planeta, completa 74 anos de idade.

No embalo da comemoração do aniversário do mestre, o Giro no Aro lança hoje uma série de cards virtuais para homenagear os grandes ídolos do basquete brasileiro.

Os cards podem ser acessados na coluna da direita do blog. Clique aqui para conhecer.

Parabéns mestre Wlamir Marques!

Brasil estreia amanhã no Campeonato Sul-Americano Sub17

Há pouco tempo acompanhamos intensamente a nossa geração 1992/93 disputar o Mundial sub19 na Letônia. Pois a partir deste sábado, a geração 1994/95 começa a sua jornada, disputando o Sul-Americano Sub17, em Cucuta/Colômbia.

Infelizmente, tornou-se quase impossível obter informações sobre o torneio no remodelado site da FIBA Americas (agora rosa!). O site da CBB também está ignorando completamente o torneio. Há última notícia sobre a seleção sub17 é de 24 de junho. De lá para cá, não há nenhuma nova informação sobre a equipe comandada por Demétrius Ferracciú.

O Brasil estreia logo mais contra o Paraguai. O torneio é disputado com uma fase classificatória em que todos os times se enfrentam. Os dois melhores disputam o ouro, os seguintes disputam o bronze, e assim em diante. As três seleções medalhistas se classificam para a Copa América Sub18 2012 (Pré-Mundial).

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O texto de nível (quase) cômico de John Hollinger

Dias atrás, o mundo recebeu a notícia de que o gigante Yao Ming decidiu se aposentar depois de uma série de lesões que impossibilitou que o chinês jogasse mais do que 8 temporadas na NBA.

Talvez abalado emocionalmente com a notícia, John Hollinger, popular colunista da ESPN especializado em analisar o basquete através dos números, escreveu uma estupidez maior do que os 2,29 metros de Yao Ming.

Basicamente, Hollinger defende em seu texto que Yao Ming, apesar da curta carreira e da falta de títulos importantes, merece um lugar no Hall da Fama do Basquete. Até aí tudo bem. De fato, o chinês foi um excelente jogador cuja carreira foi abreviada por lesões crônicas. Mais do que isso, ele teve uma grande importância para a modalidade, ao difundi-la na região mais populosa do planeta.

O grande e imperdoável pecado de John Hollinger foi desmerecer dois dos maiores jogadores da história do basquete mundial para fazer a defesa de Yao Ming. Vejamos o que ele disse:

"O segundo ponto é importante que o Hall da Fama do basquete estabeleceu um nível quase cômico para introduzir jogadores internacionais nas votações passadas, e baseado nesse padrão, Yao vai entrar facilmente. Coloque dessa maneira, eu não acho que seja possível um sistema no qual Maciel Pereira e Kresimir Cosic sejam aceitos, mas Yao Ming não".

Ora, o croata Kresimir Cosic lidera o ranking histórico de medalhas em Campeonatos Mundiais, empatado com o brasileiro Wlamir Marques que, pasme, ainda não está no Hall da Fama do Memorial Naismith. Ambos têm 2 medalhas de ouro e 2 medalhas de prata nos Mundiais da FIBA. Em sua coleção, Cosic ainda guarda uma medalha de ouro olímpica e duas outras de prata. Currículo quase cômico?

Já Maciel Pereira é ninguém menos do que o herói brasileiro Ubiratan, considerado por muitos o maior pivô da história do basquete nacional. Ubiratan também possui 4 medalhas em Mundiais (uma de ouro, uma de prata e duas de bronze) e uma medalha de bronze olímpica, conquistada em Tóquio (1964).

E se Yao Ming contou com os seus 2,29 metros para ser bem sucedido no basquete, Ubiratan se notabilizou justamente por superar a baixa estatura. Com menos de 2 metros de altura, Ubiratan, segundo quem o viu jogar, parecia ter um motor nas pernas, tornando-se um dos melhores pivôs do planeta.

O colunista da ESPN pode ser um excelente matemático e conhecer como poucos a atualidade do basquete da NBA, mas pelo visto se nega a estudar a história do basquete internacional. Precisa aprender que existe, e sempre existiu, basquete fora da NBA. E que se é verdade que há injustiças no Hall da Fama do Memorial Naismith, e elas não são poucas, poderíamos citar como um grande exemplo a ausência de Wlamir Marques, um dos maiores atletas da história, numa lista repleta de estadunidenses que tiveram pouca ou nenhuma relevância fora das fronteiras dos EUA.

Triste para o Larry, péssimo para a seleção

Ontem, saiu a notícia de que Larry Taylor não poderá participar do Pré-Olímpico, pois o Ministério da Justiça não conseguiria completar o processo de naturalização a tempo.

Curiosamente, poucas horas depois, a imprensa espanhola divulgava que Serge Ibaka acaba de se tornar espanhol e poderá disputar o Pré-Olímpico europeu. 

Existem uma grande diferença entre os processos de naturalização de Serge Ibaka e de Larry Taylor. O pedido de naturalização de Larry Taylor só é possível porque, no início do ano, ele completou, em tese, os requisitos previstos na Constituição e no Estatuto do Estrangeiro. Já Ibaka, como não preenchia os requisitos da lei espanhola (jogou 3 anos na Espanha, mas se mudou para os EUA em 2009, antes do requerimento), naturalizou-se através de decreto real, um ato discricionário previsto para "hipóteses excepcionais".

Nesse ponto, volto a afirmar, os requisitos de naturalização previstos no Brasil são dos mais rígidos do planeta e, até por isso, não há qualquer cabimento discriminar brasileiro nato de brasileiro naturalizado. Nada contra a rigidez do nosso sistema jurídico e, nesse caso, acho que nós estamos mais certos do que os espanhóis. O lamentável, entretanto, é saber que o sujeito depois de (supostamente) reunir todas as condições legais ainda fique preso na máquina burocrática brasileira.

Fico realmente triste pelo Larry Taylor, a quem já considero brasileiro. Trata-se de uma pessoa de personalidade cativante e que vinha demonstrando grande entusiasmo em servir a seleção brasileira. Mesmo sem condições de jogo, pretende seguir treinando com o grupo apenas para ajudar, o que é um belo gesto.

Para a seleção brasileira, trata-se de um grande desfalque. Com Larry Taylor, parecia solucionado o problema da reserva de Marcelinho Huertas. Agora, para enfrentar duplas como Arroyo/Barea e Prigioni/Sanchez, o Brasil terá que despejar minutos em Nezinho, Vitor Benite e/ou Raulzinho.

Nezinho, obviamente, larga na frente na luta pelo posto de principal armador reserva, mas é um jogador inconsistente. Ainda por cima, é possível que se desligue da seleção por alguns dias para disputar os Jogos Mundiais Militares, correndo risco de lesão. Vitor Benite teve uma ótima temporada no NBB, mas jogando quase que integralmente na posição de ala. Raulzinho é uma das maiores promessas do basquete brasileiro, mas ainda é muito inexperiente para uma competição como a que se aproxima.

Assim, é bem possível que Huertas seja novamente sobrecarregado durante a competição, o que definitivamente não seria bom para as pretensões brasileiras no Pré-Olímpico.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Conheça a história de superação do garoto Kauê dos Santos

"O cara parece o lendário Charles Barkley". A frase para lá de entusiasmada é de Daniel Bello, técnico da seleção do Rio de Janeiro Sub15 e foi reproduzida no blog de seu pai, o comentarista Byra Bello do Sportv. O "cara" citado por Daniel é Kauê Ferreira dos Santos, cestinha e melhor jogador do time de São Paulo, campeão do último Campeonato Brasileiro Sub15.

A pequena foto 3x4 logo abaixo, da página oficial da Federação Paulista de Basquete, causa aquela tentação de comparar Kauê não a Charles Barkley, mas sim a um fenômeno de outro esporte. Ok, calma lá, estamos pegando um pouco pesado. Afinal, o jovem de 15 anos apenas está começando a sua carreira no basquete e, no esporte, não existe qualquer garantia antecipada de sucesso. Mas conhecendo um pouco da história de Kauê, dá para entender a razão de tamanha audácia.

O jovem atleta do Clube Internacional de Regatas (Santos) tem 1,87 metros de altura, joga na posição de ala. Sua performance contra Santa Catarina (35 pontos e 10 rebotes) foi disparadamente a mais impressionante numa final da 1a divisão nacional da categoria sub15, desde que as estatísticas passaram a ser computadas no site da CBB (2008). 

Mas não é só! O garoto é com folga o cestinha do Campeonato Paulista Metropolitano Sub15 com uma média de 29 pontos por partida (o segundo colocado tem uma média 18 pontos por jogo). Não satisfeito, Kauê ainda defende o seu clube na categoria Sub17 e, acredite se quiser, é o quarto maior cestinha do Campeonato Metropolitano.

No entanto, nada me impressionou mais do que o bate-papo que tive com Kauê. O garoto impressiona pela precoce maturidade e pela simplicidade, sem deixar de demonstrar aquela alegria infantil contagiante comum na sua idade. Sua curta história no basquete já está marcada por inúmeros episódios de superação.

Pouco depois de começar a jogar basquete, Kauê perdeu seu pai, um de seus maiores incentivadores. Pensou em parar de jogar, mas preferiu seguir adiante em busca do sonho. Seu biótipo se distingue daquele "padronizado" para a posição de ala. Para Kauê, isso não é um problema, mas sim a solução. O garoto usa a toda a força física a seu favor (na final contra Santa Catarina, foi a linha de lance livre 15 vezes). Em abril, foi cortado da seleção brasileira Sub15 que se preparava para o Sul-Americano. Desânimo? Nada disso, 3 meses depois, o ala se tornava o principal destaque de sua categoria no país.

Conheça um pouco mais dessa história, através da entrevista abaixo:

Como o basquete surgiu na sua vida?

Comecei a jogar basquete no Rebouças, com 8 anos de idade. Um garoto chamado Felipe, meu amigo, disse que iria me levar para jogar basquete e acabei gostando. Isso surgiu de repente. Depois de um certo tempo meu pai (falecido) me levou para um centro esportivo, e de lá, a professora Gilmara me colocou no Inter, time do professor Buru. Isso quando eu tinha 9 anos.

E que torneios você disputou pelo Inter? Sei que você tem sido cestinha em diversas competições...

Eu disputei o Torneio Início e o Metropolitano em 2008 (fui o 4o cestinha, com 330 pontos); o Torneio Metropolitano e o Final Four em 2009 (fui o 2o cestinha, com 444 pontos); fomos vice-campeões do Torneio Metropolitano e 4o lugar no Estadual em 2010 (fui o cestinha, com 626 pontos).

Em 2011, veio a sua primeira convocação para a seleção brasileira (Sub15). Como você recebeu a notícia?

A notícia veio através da internet! (rs) Eu tinha acabado de sair de um treino e fui no site da CBB, onde tinha  "convocação da seleção brasileira sub15"...e achei o meu nome. Fiquei muito feliz quando vi! Achei esse período muito legal, aprendi bastante coisa. Os treinos foram muito puxados, trabalhando bem as jogadas.

Bem, e depois certamente veio a decepção com o corte. Como você lidou com isso?

Com esse corte, tive uma lição, pois quando cheguei à minha cidade, todos me deram parabéns e disseram para eu voltar aos treinos. E acabei voltando normalmente, pois agora treino firme e forte para voltar à seleção no ano que vem.

Você chegou a acompanhar a seleção pela internet durante o Sul-Americano?

Na verdade não. Eu não tinha muito tempo, mas ficava sabendo das notícias através de um colega meu, o Luan Ziani, de Limeira.

E como foi o título do Campeonato Brasileiro Sub15 em Santa Catarina?

Foi muito legal. O campeonato foi bem disputado. Nós ganhamos os dois primeiros jogos e, logo em seguida, Santa Catarina nos venceu por uma diferença de 4 pontos. Com isso, precisariamos vencer Minas Gerais por uma diferença de 8 pontos para ficar com o 1o lugar na chave. Nós conseguimos e vencemos o Rio Grande do Sul na semifinal. Na final, nos sagramos campeões vencendo Santa Catarina por 65 x 60. Fiquei muito feliz!

E você acabou sendo o cestinha da sua equipe, com uma performance impressionante na final. Como foi o confronto contra Lucas Vezaro, um dos atletas mais talentosos da categoria?

Acirrado!!! (rsrs). Ele joga demais, apesar de termos colocado uma marcação forte nele!

Mudando um pouco de assunto, como você definiria o seu estilo de jogo?

Eu jogo aberto, cortando bastante e finalizando bem. Estilo Charles Barkley (rsrs). Sou ala, mas, de vez enquando, também ajudo no garrafão.

Você costuma acompanhar basquete na TV? Quais campeonatos?

Sim! NBA e NBB.

E quais são os seus jogadores prediletos?

Lebron James na NBA, Marcelinho Machado no NBB e Leandrinho na seleção brasileira.

E os estudos? Como andam?

Bem! No ano passado fui eleito o melhor aluno! Tive notas boas. Não posso largar o estudo, pois sem ele não seremos nada na vida. Estou no primeiro ano do ensino médio e estudo no Colégio Luiza Macuco, em Santos.

E a sua família? Você contou que infelizmente perdeu o seu pai muito cedo e que ele te incentivava no esporte. Como o restante da sua família vê a sua vida no basquete?

Infelizmente, eu tive a perda do meu pai. Hoje, tenho meu tio Ailton Silva, ex-jogador de futebol do Santos. Ele começou a me incentivar, e minha mãe também. Eu iria parar de jogar! Mas pensei bem, e era tudo o que meu pai queria...ver eu jogar basquete. Pois rezo muito por ele, para ele sempre cuidar de mim, é uma estrela que brilha no céu! Minha família vai a todos os meus jogos e me incentiva bastante, eu gosto disso!

Tenho certeza que seu pai está torcendo muito por você. Para finalizar, qual é o seu maior sonho no basquete?

Ser um jogador profissional, ser um jogador conhecido. Jogar na NBA!


Abaixo, segue um vídeo de Kauê, atuando na categoria Sub17:

terça-feira, 12 de julho de 2011

Basquete Sem Fronteiras Américas 2011 será no Rio de Janeiro

Reproduzo abaixo o comunicado oficial do "Basquete Sem Fronteiras". Neste ano, o evento, organizado pela NBA e pela FIBA para promover a inclusão social através do basquete, acontecerá no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de julho e 1o de agosto.

"NOVA YORK (EUA) - Dominique Wilkins, 'lenda' da NBA, será o líder do 'Basquete Sem Fronteiras Américas 2011', (BWB) evento que será realizado entre os dias 29 de julho e 1º de agosto, no Rio de Janeiro, sede da primeira edição do acampamento, em 2004. O anúncio foi feito nesta terça-feira, dia 12, pela NBA (National Basketball Association), pela FIBA (Federação Internacional de Basquete) e pela CBB (Confederação Brasileira de Basketball). O 'Basquete Sem Fronteiras' é um programa mundial de desenvolvimento do basquete organizado por NBA e FIBA, e que usa o esporte para promover uma mudança social positiva nas áreas de educação, saúde e bem-estar.


- O 'BWB' vem tendo um sucesso incrível na última década graças ao grande empenho da FIBA, nosso marketing e parceiros comunitários, e os muitos membros da 'Família NBA' que tem estado conosco nesse caminho - disse Kathleen Behrens, vice-presidente executiva de Responsabilidade Social e Programas de Atletas da NBA. - Esse programa incorpora o compromisso da NBA para o crescimento do jogo de basquete, usando o esporte como uma maneira de abordagem de questões sociais em comunidades ao redor do mundo.

- É um grande privilégio poder chegar a uma década de trabalho em conjunto com a NBA e a iniciativa do BWB - afirmou Patrick Baumann, secretário-geral da FIBA e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). - Dez anos é uma forte evidência do impacto desse programa, a qualidade do ensino e das orientações que são oferecidas dentro e fora de quadra. Desde 2011, esta tem sido a nossa meta, oferecer aos jovens pelo mundo a oportunidade e as ferramentas para aprimorar e mostrar suas habilidades, aprendendo com alguns dos melhores jogadores e treinadores. Isso permite que eles sejam exemplos para as suas comunidades e cria um efeito bastante positivo.

Além de Wilkins, as 'lendas' Sam Perkins, Allan Houston e Adonal Foyle serão técnicos no acampamento. A equipe da NBA inclui ainda Austin Ainge (Boston Celtics), Kaleb Canales (Portland TrailBlazers), Alex English (Toronto Raptors), Alvin Gentry (Phoenix Suns) e Phil Weber (New York Knicks). Will Sevening (San Antonio Spurs) será o preparador-físico, enquanto que o colombiano Gersson Rosas (Houston Rockets) será o Diretor do acampamento.

Estarão no Rio de Janeiro, cerca de 50 jovens jogadores sub-19 de mais de 16 países da América Latina e Caribe. Estes atletas foram selecionados pela NBA, pela FIBA e pelas federações nacionais participantes, com base em suas habilidades no basquete, capacidade de liderança e dedicação ao esporte. Os jovens serão divididos em grupos, sem que se leve em consideração raça, religião ou nacionalidade, para promover a amizade e o convívio. Através do ‘NBA Cares’, os atletas participam de competições, seminários e palestras diários sob a supervisão das ‘lendas’ da NBA e técnicos, que tem como temas principais valores do esporte, liderança, caráter e estilo de vida saudável. Além disso, participam de ações em comunidades locais em que são criadas áreas de estudo e lazer para crianças e família, reforma de quadras poliesportivas e são ministradas clínicas de basquete.

A Nike, parceira do BWB desde 2002, mais uma vez vai 'vestir' atletas e técnicos.

- Na última década, o BWB ensinou a jovens jogadores do mundo inteiro sobre a importância do trabalho duro, da dedicação, do trabalho em equipe e espírito esportivo - disse Lynn Merritt, vice-presidente de Marketing Esportivo Global de Basquete da Nike. - Essas características são cruciais para ajudar na trajetória desses jovens atletas dentro e fora de quadra, e nós estamos orgulhosos de poder trabalhar com a NBA e a FIBA para promover esses valores e celebrar o décimo aniversário desse programa juntos.

'BASQUETE SEM FRONTEIRAS AMÉRICAS 2011'

O BWB Américas será realizado no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e tem patrocínios de Nike, Starwood Hotels e Spalding. O BWB Américas é um dos três acampamentos BWB que serão realizados neste verão como parte das comemorações do 10º aniversário. O BWB Europa será em Ljubljana (Eslovênia), de 8 a 11 de agosto, e ficará registrado como o primeiro a ser realizado numa república dissidente da antiga Iugoslávia. Foi desta cidade que vieram os jovens que participaram do primeiro acampamento do BWB em Treviso (Itália). O BWB África volta a Johanesburgo (África do Sul) de 1 a 4 de setembro, após passar por Senegal, no ano passado.

Desde a sua criação, a NBA e a FIBA organizaram 27 acampamentos do BWB em 16 cidades de 14 países. Mais de 100 jogadores e ex-jogadores da NBA e da WNBA se juntaram a outros 100 treinadores da NBA para atuarem como instrutores de cerca de 1.500 jovens jogadores de mais de 100 países, sendo que 17 participantes dos acampamentos foram selecionados pelo Draft (processo de seleção de novatos) para a NBA.

BASQUETE SEM FRONTEIRAS AMÉRICAS 2011

Rio de Janeiro (Brasil)
De 29 de julho a 1º de agosto
Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan)

'LENDAS' NBA
Adonal Foyle (EUA)
Allan Houston (EUA)
Sam Perkins (EUA)
Dominique Wilkins (EUA)

TÉCNICOS NBA
Austin Ainge (Boston Celtics)
Kaleb Canales (Portland TrailBlazers)
Alex English (Toronto Raptors)
Alvin Gentry (Phoenix Suns)
Phil Weber (New York Knicks)
Gersson Rosas (Houston Rockets)** / Diretor do BWB
Will Sevening (San Antonio Spurs) / Preparador-Físico do BWB

LISTA COMPLETA DOS ATLETAS DO BWB AMÉRICAS 2011
ARGENTINA - Matias Bernardini
ARGENTINA - Martin Massone
ARGENTINA - Gonzalo Torres
ARGENTINA - Lucas Gonzalez
ARGENTINA - Franco Barroso
ARGENTINA - Luciano Tognon
ARGENTINA - Gabriel Deck
ARGENTINA - Rodrigo Hagg
BAHAMAS - Jabari Wilmott
BARBADOS - Lamar Grazette
BRASIL - Leonardo Roese
BRASIL - Henrique Coelho
BRASIL - Gustavo Scaglia de Paula
BRASIL - Leonardo Simões Meindl
BRASIL - Lucas Fernandes Mariano
BRASIL - Felipe Braga Alfredo
BRASIL - Deryk Ramos
BRASIL - Felipe Rech
CANADÁ - Olivier Hanlan
CANADÁ - Negus Webster-Chan
CANADÁ - Albert Júnior Lomomba
CANADÁ - Dyshawn Pierre
CHILE - Ignacio Sanino
CHILE - Pablo Barraza
COLÔMBIA - Tonny Jose Trocha Morelos
ILHAS VIRGENS - Amadius Derweer
ILHAS VIRGENS - Merwin Potter
JAMAICA - Rushane Hamil
MÉXICO - Daniel Jaso
MÉXICO - Miguel Ramirez
MÉXICO - José Alfredo Vargas
PANAMÁ - Alejandro Grant
PARAGUAI - Leandro Evair Ferreira Massare
PARAGUAI - Fernando Gabriel Dose Rodas
PORTO RICO - Bryan David Rodriguez
PORTO RICO - Carmelo Betancourt
PORTO RICO - Keven Caban
PORTO RICO - José Ramirez Velez
REPÚBLICA DOMINICANA - Israel Martinez
REPÚBLICA DOMINICANA - Luís David Montero Carrasco
REPÚBLICA DOMINICANA - Rody Ramirez
URUGUAI - Luciano Parodi
URUGUAI - Hernando Caceres
URUGUAI - Lucas Vassallucci Fitipaldo
VENEZUELA - Juan Jose Mejias Jaspe
VENEZUELA - Franco Missael Torres Gonzalez
VENEZUELA - Deyran Arcangel Guevara Rivera"

No Sportv, Leandrinho esclarece o episódio da sua ausência

Depois de uma manhã turbulenta, com troca de farpas entre os dois lados sobre o episódio da dispensa, Leandrinho deu uma entrevista ao Sportv que, pelo menos para mim, acabou elucidando alguns pontos importantes.

Ele repetiu que está com um problema crônico no pulso (ficará em repouso absoluto até setembro, sem sequer bater bola) e que sofreu pressão da diretoria do Toronto Raptors. Até aí, nenhuma novidade.

No entanto, no penúltimo bloco do programa, acabou admitindo que esperou até o último momento (mais exatamente até 2 dias antes da data marcada para apresentação) para comunicar a sua ausência do Pré-Olímpico. Ou seja, a CBB já sabia, desde março, que era muito difícil contar com o atleta, mas ainda não tinha sido comunicada da ausência do jogador. E, cá entre nós, existe um abismo enorme separando o "dificilmente jogarei" do "não jogarei".

Dessa história toda, tiro duas conclusões:

1 - A CBB errou, e feio, ao não procurar o jogador durante todo o tempo em que ele ficou de férias no Rio de Janeiro para atualizar a situação. Nesse caso, volto a questionar, por que Vanderlei Mazzuchini, que está na CBB basicamente para isso, não entrou em contato com o atleta?

2 - Leandrinho também pisou na bola ao não definir sua posição com maior antecedência. Afinal, já que o problema é tão sério e que existe desde o início do ano, poderia ter confirmado a sua ausência assim que a convocação foi publicada, ou mesmo antes disso, evitando todo esse constrangimento. Pior, diante da repercussão negativa do aviso em cima da hora, passou a divulgar que já tinha comunicado Rubén Magnano e a CBB sobre a ausência em março (nesse ponto, volto a frisar, Leandrinho precisa urgentemente de alguém para assessorá-lo. Varejão precisou tomar a mesmíssima decisão do jogador do Toronto Raptors, mas não está sendo alvo de críticas, um bom exemplo de que uma boa assessoria de comunicação não apenas é útil, como necessária).

Enfim, tomara que todas as partes envolvidas aprendam lições com o episódio, e que a carreira de Leandrinho na seleção brasileira não seja afetada por toda essa trapalhada.

O fantástico caso de Leandrinho

Tenho evitado o assunto aqui no Giro no Aro, mas a coisa começou a ficar tão surreal, com novas notícias e declarações chegando a cada instante, que não dá para deixar de abordar esse imbróglio envolvendo Leandrinho e a seleção brasileira.

Para quem não está acompanhando, reproduzo alguns trechos de declarações veiculadas na mídia nos últimos meses:

Dia 26/04/2011 - Leandrinho declara ao GE.com "- Eu não posso garantir nada. Vai ter greve lá na NBA em junho e não se sabe quanto tempo vai durar. Muitos falam que vai até dezembro, e tem gente que diz que vai ser a temporada toda. Se tiver greve, não vou poder fazer a cirurgia. Mas sei que vou precisar ficar seis meses parado quando a fizer. Estou esperando para ver o que vai acontecer. Espero que tudo se resolva, e eu possa estar com a seleção. Mas, se não puder, eu também tenho que cuidar de mim".

Dia 12/06/2011 - Rubén Magnano em entrevista ao Giro no Aro, perguntando se algum jogador já havia pedido dispensa. "Felizmente, hoje, não devo falar isso. Felizmente. Agora, só saberemos isso ao certo, não apenas no dia da convocação, mas sim no dia 4 de julho, quando ocorrerá a apresentação da seleção. Aí realmente saberemos os jogadores que falarão sim e os jogadores que falarão não".

Dia 04/07/2011 - Nota oficial de Leandrinho no site da CBB, no dia da apresentação da seleção brasileira: "Agradeço a Confederação Brasileira de Basquete, mais uma vez, pela confiança e consideração de me convocar para jogar na Seleção Brasileir,a na Temporada 2011. Lamento informar que por causa de motivos particulares e pessoais, desta vez não vou poder atender a esta convocação. E sempre será, para mim, acima de tudo, motivo de orgulho e honra vestir a camisa da Seleção Brasileira. Agradeço mais uma vez a consideração e a confiança que esta instituição tem depositado em mim ao longo destes 10 ANOS de participação representando a Seleção Brasileira, e espero que a CBB possa entender.'

Dia 09/07/2011 - Declaração de Arthur Barbosa, irmão e empresário de Leandrinho, ao Blog Bala na Cesta: "Há mais de duas semanas o Leandrinho falou com a CBB, e eles sabiam que ele não participaria do Pré-Olímpico. Então, repito, não há nada de novo – inclusive ele iria se apresentar em São Paulo e já tinha até passagem de avião comprada pela própria Confederação, mas por determinação dela, Confederação, acharam melhor que o Leandro não se apresentasse. Mas, insisto, eles já estavam sabendo que ele não iria participar, e pediram que fosse enviado um e-mail pra justificar a não ida. E foi isso que foi feito na segunda-feira (4 de julho), mesmo não havendo respaldo da entidade para com o meu irmão (...) Provavelmente o Rubén ficou desolado, e é compreensível, mas, por favor, não vamos esquecer que este comunicado foi feito lá atrás, em março de 2011. Está havendo falta de comunicação entre a própria CBB".

Dia 12/07/2011 - Declaração de Leandrinho Barbosa ao site Lance: "Eu ia me apresentar. Mas, quando disse que ia, a CBB afirmou que era melhor eu não ir, pois seria um desgaste. Então, pediram para eu mandar e-mail, dizendo que estava com problemas pessoais e não poderia me apresentar. Foi isso o que aconteceu. A CBB sabia há meses, desde a época em que o Magnano me visitou nos Estados Unidos, o que acontecia. (...) Eu estava para vir para o Flamengo. Não vim, porque precisava de um tempo maior de descanso."

Bem, a coletânea de declarações, como se vê, deixa mais interrogações do que respostas. As principais:

1. Se Leandrinho de fato pediu dispensa categoricamente em março, por que continuava a declarar em diversos veículos de imprensa que havia uma chance de disputar o Pré-Olímpico?

2. Se Leandrinho de fato pediu dispensa categoricamente em março, por que Rubén Magnano afirmou em junho que nenhum jogador havia pedido dispensa da seleção?

3. Por que a CBB nunca se pronunciou sobre esse suposto pedido de dispensa feito em março?

4. Por que Leandrinho não inseriu em sua nota oficial de dispensa o fato de que aquela era apenas uma ratificação de uma posição já anunciada meses antes?

5. Como o jogador cogitou jogar no Flamengo, se teria recebido um veto do Toronto Raptors feito em março?

6. Por que razão a cirurgia no punho ainda não foi feita, já que o jogador está há meses sem atividade? Afinal, esta cirurgia ainda será feita? Quando?

Ora, que a CBB é uma entidade sem qualquer transparência, todos estamos cansados de saber. No entanto, já passou da hora de Leandrinho buscar uma assessoria de comunicação que garanta, ao menos, um mínimo de coerência em suas declarações. Tal como ocorreu no episódio da pelada em NY, Leandrinho não tem precisado da contribuição da CBB para se desgastar com o público. 

É bom que fique claro, há um bom tempo a falta de clareza nas declarações vem chateando mais os basqueteiros do que as ausências dos jogadores em si. Se Leandrinho tivesse pedido dispensa publicamente e oficialmente em março, dificilmente o tema estaria em pauta hoje.

Por fim, cabe questionar: O que diabos faz Vanderlei Mazzuchini na CBB? O ex-atleta da seleção brasileira, amicíssimo e ex-companheiro de Bauru de Leandrinho, foi contratado justamente para fazer a ponte entre os jogadores da seleção brasileira, comissão técnica e os dirigentes. Em 2009, conforme amplamente noticiado, Vanderlei bateu de frente com o técnico Moncho Monsalve, em plena conquista da Copa América. O fato acabou resultado na saída prematura do espanhol, que vinha fazendo um excelente trabalho na seleção brasileira. Agora, em 2011, se havia alguém que poderia e deveria ter evitado todo este mal estar, este alguém chama-se Vanderlei Mazzuchini.

Peter John Ramos preocupa Porto Rico

Apesar de o assunto estar sendo tratado com discrição, Peter John Ramos começa a virar motivo de preocupação para a seleção de Porto Rico, segundo sustenta o jornal local Primera Hora. O pivô estaria com uma hérnia na virilha que poderá deixá-lo de fora do Pré-Olímpico de Mar Del Plata.

Ramos estaria atuando no sacrifício durante toda a temporada. Ele atualmente disputa as semifinais da liga de seu país pelo Quebradillas e se, ao fim da temporada, precisar de fato operar, ficará de molho por um período que varia de 3 a 6 semanas. Assim, o pivô corre o risco de perder praticamente toda a preparação para o torneio continental que começará no dia 30 de agosto.

No alto de seus 2,21 metros, Peter J. Ramos seria um desfalque literalmente gigantesco para os porto-riquenhos. Apesar de o seu estilo de jogo não ser considerado dos mais bonitos, o grandalhão costuma causar estragos nos garrafões adversários.

domingo, 10 de julho de 2011

Olho no Abnner, o maranhense

Este final de semana não foi de decisão apenas para a elite da categoria Sub15 no país. Além da 1a divisão que foi disputada em Santa Catarina, a 3a divisão do Campeonato Brasileiro conheceu o seu campeão: o Maranhão.

A competição envolveu apenas equipes do Norte e do Nordeste, mas acabou sendo realizada em Brasília, numa economia de custos que certamente não ajuda popularização da modalidade nas duas regiões.

Apesar do resultado exuberante na final (Maranhão 72 x 26 Alagoas), o torneio foi mais disputado do que o usual. Nenhum time saiu invicto e, com exceção de Acre e Amazonas, todas as equipes conquistaram pelo menos 2 vitórias no campeonato.

Considerando somente os números disponibilizados no site da CBB, a 3a divisão do Campeonato Brasileiro revelou pelo menos dois jogadores: Breno, da seleção baiana (21 pontos, 18,2 rebotes e 4,6 tocos por partida) e, principalmente, Abnner dos Santos da seleção do Maranhão (39 pontos, 17 rebotes, 4,8 roubadas e 3 tocos por partidas).

Os números do jovem campeão maranhense são absurdos mesmo considerando o nível costumeiramente baixíssimo da competição. Esse garoto, então com 14 anos, foi um dos principais destaques da 2a divisão do Campeonato Brasileiro Sub15 de 2010 (16 pontos e 8 rebotes de média). Agora, um ano mais velho, e numa divisão abaixo, teve números para deixar Jonas Valanciunas com inveja.

Não estou pretendo insinuar que o garoto seja um fenômeno nacional...é até provável que não seja. Mas não estamos e nunca estivemos em condições de desperdiçar talentos no basquete brasileiro, mesmo os "não fenomenais". Afinal, para quem não sabe jogar basquete, 39 pontos por partida é difícil de anotar até quando não há oponente do outro lado da quadra.

Seria legal se a CBB tivesse uma atenção especial com esses garotos. Se é para existir uma seleção de desenvolvimento no país, que ela exista para atender esses garotos, que não têm qualquer condição de disputar competições de nível em seus estados de origem.

Com atleta cortado da seleção brasileira no comando, SP é campeão Sub15

Cerca de dois meses depois de ficar com a medalha de prata no Sul-Americano Sub15 no Paraguai, a geração de atletas nascidos a partir de 1996 voltou a competir. Defendendo as suas respectivas seleções estaduais, os atletas da categoria disputaram a 1a divisão do Campeonato Brasileiro, em Jaraguá do Sul (SC), e São Paulo acabou ficando com o título ao derrotar os anfitriões na final.

Vários garotos que estiveram com a seleção brasileira em maio marcaram presença em Santa Catarina. Por exemplo, o armador Lucas Vezaro, cestinha do Sul-Americano Sub15 e irmão de Felipe Vezaro (seleção Sub19), foi um dos principais destaques do time catarinense, juntamente com o pivô Lucas Rosniak (número 13 na foto abaixo). Ambos atuam nas divisões de base do em Joinville, Vezaro na AABJ e Rosniak no Joinville.

Dos paulistas que estiveram no Paraguai, só a dupla de pivôs Leonardo Bispo (Pinheiros - número 13, na foto ao lado) e Leonardo Oliveira (Limeira) brilhou em Santa Catarina. Na verdade, o cestinha e principal destaque da equipe campeã foi Kaue dos Santos (Internacional/Santos - na foto acima, de amarelo) que, sabe-se lá por que motivo, ficou de fora da seleção brasileira. Vale dizer, esse garoto vem sendo o principal pontuador de todos os torneios de base de São Paulo. Na final, Kaue anotou 35 pontos (12 acertos em 16 arremessos de quadra) e 10 rebotes, um monstro.

A seleção do Rio de Janeiro, medalha de bronze, foi liderada por Pablo (Fluminense). Já os gaúchos, que ficaram com a quarta colocação, foram liderados por Fernando Buboltz (Projeto Cestinha).

Vale a pena ficar ligado nesses nomes. Afinal, daqui a alguns anos, começarão a abastecer as nossas equipes adultas.