terça-feira, 31 de maio de 2011

Neto em Limeira e Jefferson em São José dos Campos

Numa semana que ainda promete ser bastante agitada no mercado, Limeira e São José dos Campos saíram na frente e anunciaram Neto (Araraquara) e Jefferson (Flamengo) como seus novos reforços, respectivamente. As duas movimentações já vinham sendo acompanhadas atentamente pelo Giro no Mercado e os nomes dos jogadores já estavam "verdinhos" há muito tempo nestes times.

O armador Neto tem 26 anos, nasceu em Rondônia e foi considerado uma das revelações da primeira edição do NBB. Contudo, não evoluiu muito nas últimas 2 temporadas e parecia acomodado em Araraquara. Em 2010/11, teve médias baixas, de apenas 6,8 pontos e 2,1 assistências por jogo. Em Limeira, Neto disputará espaço com outros dois bons armadores: Eric Tatu e Ronald Ramon.

Já Jefferson, que estava no Flamengo, teve uma temporada para esquecer. Sofreu com lesões e acabou não encontrando ritmo de jogo. Por outro lado, o ala possui características únicas, pois é um excelente arremessador de 2,07 metros. Ele teve médias de 8,2 pontos e 4 rebotes por partidas, mas manteve o bom aproveitamento na linha de 3 pontos (46%). Jefferson chegará em São José dos Campos com a missão de repor a perda de Renato, que se transferiu para o Pinheiros na semana passada.

Gustavo Borges?

Leio no site da CBB que Gustavo Borges esteve na Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso para uma palestra motivacional com os garotos da seleção de desenvolvimento.

Olha, para quem curte esportes, como eu, Gustavo Borges é um grande ídolo e tenho certeza que ele tem muita experiência a transmitir para os mais jovens. A minha única dúvida é: por que um ídolo da natação foi escolhido para esta palestra, quando a história do nosso basquete é repleta de ídolos?

Wlamir, Amauri, Oscar, Marcel, dentre dezenas de outros medalhistas olímpicos e mundiais não servem? Por que? Será que os garotos não ficariam muito mais impressionados e identificados com histórias que pertencem ao basquete? E a oportunidade de dar uma bela lição sobre o nosso rico passado, cada vez mais esquecido?

Outro dia, assisti a uma reportagem sobre a formação da atual geração de futebol do Uruguai, quarta colocada na última Copa do Mundo, e dirigentes afirmaram que o ponto inicial da formação de Forlan e companhia foi ensinar sobre os feitos uruguaios de outrora, sobretudo nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. Já por aqui...

Complicou ainda mais

Segundo o Olé, os boatos que repercutiam nos bastidores da seleção da Argentina devem mesmo se confirmar e Pepe Sánchez voltará à seleção no Pré-Olímpico de Mar Del Plata.

Havia um clima de fofoca, pois o técnico Julio Lamas e Pepe Sánchez discutiram asperamente há alguns meses numa partida da liga argentina. Contudo, Lamas já vinha mandando indiretas para o armador de 34 anos, que se aposentou da seleção há 5, e agora o veterano parece inclinado a voltar.

O reforço é essencial para a seleção da Argentina, a uma porque se trata da posição mais carente no país, já que o também veterano Pablo Prigioni é o único grande armador atualmente, a duas, porque Sánchez é mais um grande jogador que não dependerá do imbróglio da greve da NBA. Por fim, não custa lembrar que estamos falando de um dos maiores armadores da história do basquete. Quem acompanhou o Mundial de 2002 e os Jogos Olímpicos de Atenas sabe que Pepe Sánchez foi quase tão importante quanto Manu Ginobili e Luis Scola naquelas campanhas.

Pepe Sánchez defende a equipe Weber Bahía e vem de ótima temporada, com média de 6,9 assistências por partida, e já deve entar no rol dos pré-selecionados da Argentina. Boa notícia para quem curte um bom basquete, nem tanto para os adversários dos anfitriões.

Balanço da temporada: Nota 3 para o NBB

Ao analisar as últimas 2 edições do NBB, os meus balanços anuais foram positivos. Afinal, a LNB ainda era muito jovem, o que nos obrigava a relativizar alguns problemas. A pouca idade, no entanto, não pode mais servir como desculpa para os dirigentes, que já deveriam ter aprendido com alguns erros iniciais. Assim, o balanço da temporada 2010/11 enxergou mais aspectos negativos do que positivos. Vejamos:

Calendário: Um verdadeiro absurdo. Conversei com alguns jogadores no final da temporada e quase todos eles relataram um cenário de pós-guerra, com atletas extenuados e com lesões ocasionadas por fadiga. Brasília, além do título nacional, pode ter terminado a temporada com um recorde (lamentável): disputou 9 partidas em 10 dias, num determinado ponto da temporada, incluindo aí uma excursão para o México (Liga das Américas). É óbvio que a LNB não tem total controle sobre o calendário, mas como é ela quem organiza o maior torneio do basquete nacional, é dela que deve partir a iniciativa para obter uma conciliação com as demais entidades.

Comissão disciplinar: Sinceramente, era melhor que nem existisse. Basicamente, é formada por dirigentes ou ex-dirigentes amadores das franquias que compõem a LNB. Assim, é corriqueiro ver um ou outro componente torcendo pelas suas franquias e esbravejando contra a arbitragem nos ginásios e nas redes sociais. Um amadorismo surreal. Naquela que era para ser a sua atuação mais importante na temporada, pagou um enorme mico, ou melhor, um King Kong. Foi no terrível episódio em que um torcedor no Pedrocão desferiu um soco no rosto do armador Valtinho, de Uberlândia. A comissão simplesmente sentou no processo durante meses e deixou para "julgá-lo" na última rodada. Aparentemente, valeu-se da cínica tática de deixar para a última hora e valer-se do equilíbrio do campeonato para justificar veladamente a impunidade.

Situação dos clubes: Desde que foi criada, a situação é a mesma. Há sempre 3 ou 4 franquias ameaçadas de suspensão ou extinção, e invariavelmente alguns casos acabam se confirmando. Nesta pré-temporada, o drama promete ser até maior. Afinal, Assis já fechou as portas, Joinville e Araraquara ainda estão ameçadas e as equipes capixabas, que tradicionalmente têm problemas para fechar as contas e montar elenco, ainda não se manifestaram. Não há mais do que 4 grandes investidores no NBB e o restante das equipes é bancada por prefeituras, pool de pequenas empresas ou mecenas. Infelizmente, é o mesmo cenário de 10 anos atrás.

Divulgação da modalidade: Está péssima. Alguns pequenos avanços foram registrados, como a criação do "media guide". O Jogo das Estrelas foi divertido para quem soube que estava acontecendo, e só. A audiência registrada foi baixa, o que demonstra que não faz o menor sentido cair de para-quedas na TV aberta, com 2 ou 4 horas anuais (a popularidade deveria levar a modalidade à TV aberta, e não o contrário). Uma grande rádio se prontificou a transmitir o NBB para São Paulo e outras cidades, mas ouviu um sonoro NÃO, o que demonstra que a emissora "parceira" (ou dona) está mais preocupada com suas próprias picuinhas do que com o crescimento da liga. Até hoje, a LNB não se prontificou a transmitir partidas pela internet. O trabalho da emissora "parceira" é tão preguiçoso que, ao invés de lançarem na internet vídeos com os melhores momentos das partidas transmitidas, publicam apenas os últimos 2 minutos do jogo. O site possui uma péssima navegabilidade (praticamente uma unanimidade entre os visitantes) e pouquíssimas novidades. Não existe, ainda, qualquer aplicativo para quem deseja acompanhar as partidas por celulares ou tablets, o que é inadmissível nos dias atuais.

Nível técnico e tático: Houve avanço nesta área, mas ainda muito tímido. Pela primeira vez, a final foi disputada por equipes que priorizavam o coletivo, o que foi legal. No entanto, a maior parte das partidas transmitidas continuaram a mostrar um nível técnico muito fraco. Na montagem dos elencos, algumas equipes de baixo investimento foram recompensadas por apostas ousadas (Bauru, com Douglas Nunes e Pilar e Limeira, com Ronald Ramon, por exemplo), mas outras equipes despejaram uma enorme quantidade de dinheiro no ralo (o Flamengo foi o grande exemplo, na temporada). Outras ligas do continente ainda dão um banho nas contratações, principalmente naquelas que podem ser consideradas "menos óbvias", de melhor relação custo benefício.

Amadorismo nos clubes: Acredite se quiser, mas há franquias no NBB que ainda trabalham na base do "contrato verbal", há também dirigentes que demonizam a figura dos agentes ("se eu sou amador, o jogador também tem que ser") e os relatos de salários atrasados ainda são constantes.

Sucesso nas arquibancadas?: Não consigo entender o motivo de tanta comemoração. Afinal, não me recordo de uma final de campeonato nacional de basquete que não tivesse casa cheia, mesmo na tenebrosa era comandada pelo Grego. Na hora de festejar, obviamente, ninguém se lembra que, nesta mesma temporada, o Flamengo, talvez pela primeira vez na sua história, jogou na frente de apenas 17 torcedores. Podem colocar a culpa na localização do ginásio, no trânsito do Rio, na fragilidade do time, mas o fato é que com um mínimo de esforço de divulgação, o Flamengo consegue colocar mais de 17 torcedores até em Marte.

Conclusão: A mídia especializada da NBA costuma dizer que é na terceira temporada que se pode avaliar melhor o potencial de um jovem jogador. Em geral, é quando as grandes estrelas costumam despontar e as apostas fracassadas são expostas. Seguindo mais ou menos a mesma linha, confesso que, pelos motivos apontados acima, fiquei muito decepcionado com a terceira edição do NBB. O que mais me espantou foi o amadorismo com que algumas decisões foram tomadas, principalmente na área de divulgação e de justiça desportiva. São gestos que se não passam despercebidos pela mídia e torcedores, certamente não passarão pelo atento crivo de quem tem potencial para injetar vultosos investimentos no basquete. Ser profissional não significa apenas receber salário no final do mês, mas também almejar e lutar pelo próprio crescimento, com posturas proativas.

O canto do Cisne e o futuro de Sucatzky

Há pelo menos 2 temporadas que Facundo Sucatzky não joga o mesmo basquete que lhe alçou ao patamar de um dos maiores armadores da história das ligas argentina e brasileira.

Ok, sabemos que a última temporada foi apenas a primeira em que o veterano não terminou como líder de assistências desde que chegou por aqui (2006), foi "somente" o quinto colocado. E que, embora esteja atuando no país há tanto tempo, o armador até hoje detém todos os recordes ligados à assistência na liga argentina: maior número de assistências numa partida (19), maior número de assistências numa temporada (377 em 51 partidas) e maior número de assistências na história da liga (3901 em 792 partidas).

Entretanto, basta assistir às partidas do Minas para perceber que, aos 38 anos, Suckatzky já não consegue manter a mesma intensidade ofensiva de outrora e que, na defesa, tornou-se uma presa fácil para os adversários. Ainda assim, num time recheado de jovens revelações, Sucatzky acabou jogando quase 30 minutos por partida na última temporada.

Por outro lado, Sucatzky conta com algumas virtudes que deverão, ou pelo menos deveriam, render-lhe uma bem sucedida carreira fora das quadras. Bem articulado e completamente adaptado ao Brasil (o seu filho é brasileiro), o baixinho de 1,77 metros tem tudo para se tornar um grande treinador, e a sua liderança em quadra (e fora dela, segundo relato de companheiros de time) só comprova a tese.

Como grande admirador do armador argentino, gostaria de vê-lo iniciando a transição para a carreira de treinador. Seria legal, por exemplo, vê-lo voltar ao Fluminense, que aos poucos torna a investir num time adulto sonhando com a vaga no NBB, como jogador/treinado (mais ou menos como fez Espiga, em Joinville). Se no NBB os mais jovens pedem passagem, na Super Copa ainda há espaço para bons veteranos, e Sucatzky deixou muitas saudades nas Laranjeiras, onde disputou o Campeonato Carioca, através de convênio com o Minas TC.

Uma outra alternativa seria encerrar de vez a carreira nas quadras e atuar como assistente técnico de Raul Togni no time mineiro. Só espero que os clubes brasileiros não deixem a oportunidade escapar, pois as qualidades extra quadra de Sucatzky não nascem em árvores...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uberlândia contrata Luis Gruber

Sexta colocado no último NBB, o Uberlândia anunciou, através do jornal Correio de Uberlândia, a contratação de Luis Gruber, que jogou o último NBB por Joinville.

Com 26 anos, o jogador de 2,05 metros foi repatriado pela equipe catarinense no início da última temporada, depois de passar anos no basquete espanhol. O ala terminou a sua primeira temporada no NBB com médias de 11,9 e 5,3 rebotes por partida.

Com esta adição, o time do triângulo mineiro finaliza a base para a primeira parte da temporada, que é limitada aos torneios regionais. Antes de Gruber, cuja contratação também foi analisada pelo Flamengo, o Uberlândia tentou obter os serviços de Bruno Fiorotto, que acabou renovando com o Pinheiros.

sábado, 28 de maio de 2011

Na surdina, seleção Sub19 faz seu primeiro amistoso

Foi sem qualquer aviso prévio que a seleção masculina Sub19 realizou ontem em Anápolis (Goiás) a sua partida preparatória para o Mundial da categoria, que será realizado a partir do dia 30 de junho na Letônia. Os garotos derrotaram a seleção goiana sub21 por 77 x 62. Depois, os atletas fizeram uma visita à APAE de Anápolis.

Informações além destas poucas, infelizmente, são impossíveis de serem obtidas. Apesar de a seleção de desenvolvimento possivelmente ser o investimento mais caro da história do basquete brasileiro, o público - que paga a conta - deve se contentar apenas com notas quinzenais e pouco informativas emitidas pela CBB. É lamentável, pois muita gente potencialmente interessada em assistir à partida em Anápolis sequer sabia da sua realização.

Logo mais, às 20 horas, a equipe Sub19 enfrenta o time do Joinville, na Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso, com portões abertos. A informação, para variar, foi oferecida em cima da hora pelo site da CBB. 

Peñarol, o Brasília da Argentina

Enquanto no Brasil, todo mundo já está de férias e jogadores e torcedores do Brasília comemoram o bicampeonato, na Argentina a série final ainda está em andamento. Mas não por muito tempo, pois o Peñarol de Mar del Plata vai demonstrando uma superioridade esmagadora contra o Atenas.

A série guarda várias semelhanças com a final brasileira, entre Brasília e Franca. Afinal, o confronto argentino coloca frente à frente a equipe comandada por jogadores veteranos e que vai consolidando uma dinastia (Peñarol) e uma das equipes mais tradicionais do país, que chegou à final com o apoio de em algumas jovens revelações (Atenas). 

Léo Gutierrez e Kyle Lamonte fazem o papel de Guilherme Giovannoni e Alex, enquanto que Miguel Gerlelo é a versão cabeluda de Vitor Benite. Seja como for, o Peñarol lidera a série por 2 x 0, e pode conquistar o bicampeonato na próxima semana, em Córdoba (a série final na Argentina é disputada em melhor de 7 partidas).

Vale a pena assistir aos vídeos abaixo. O primeiro, do amigo Gustavo Ganso (dono de uma das maiores youtubotecas do basquete brasileiro) é uma compilação com melhores momentos de Lamonte e Léo no jogo 1. O segundo, traz os melhores momentos do Jogo 2, incluindo aí a lamentável confusão no final do jogo.

Vídeo 1:

Vídeo 2:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Oscar Schmidt passa por cirurgia delicada

O ex-jogador Oscar Schmidt, ídolo da seleção brasileira por quase 20 anos, submeteu-se a uma delicada cirurgia nesta sexta-feira. O objetivo foi a retirada de um nódulo no cérebro.

A intervenção médica ocorreu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo boletim médico, a operação foi bem sucedida e Oscar já se encontra em um quarto comum. A biópsia preliminar do nódulo indica que se trata de um tumor benigno, mas o resultado só poderá ser confirmado nos próximos dias.

Oscar tem 53 anos e é o maior cestinha da história do basquete, com 49.703 pontos registrados. Ele foi um dos grandes destaques na histórica conquista dos Jogos Pan-Americanos de 1987.

O Giro no Aro torce por uma pronta e total recuperação de Oscar!

Os 5 maiores jogos de Wlamir Marques


Reprodução: Jornal do Brasil

Após um pedido, Wlamir Marques me relatou aquelas 5 partidas que ele considera as maiores de sua carreira. São partidas que se confundem com o próprio passado riquíssimo do basquete brasileiro. Confira!

"Não é tão fácil encontrar os 5 jogos que marcaram a minha carreira. Sem falsa modéstia foram muito mais do que isso, mas deixei passar a noite e acabei fazendo a seleção. Então, vamos lá: 

1) Tumiarú de São Vicente 17 x 13 Clube Internacional de Santos

O primeiro foi quando eu estava com 13 para 14 anos (1951) e disputei o meu primeiro campeonato oficial. Naqueles tempos só existiam 2 categorias, infantil e juvenil. Eu era infantil e aquele era o primeiro campeonato realizado pela Liga Santista de Basquete nesta categoria. 

Eu jogava pelo C.R.Tumiarú de São Vicente/SP, onde comecei a minha carreira. Houve um Torneio Início com varias equipes disputando, e isso  ocorreu num domingo de sol no Ginásio do C.A. Atlético Santista. Para encurtar a conversa, no jogo final entre o Tumiarú e o Clube Internacional de Santos, vencemos por 17 x 13 e eu fiz os 17 pontos da minha equipe

No dia seguinte saiu uma matéria no jornal A Tribuna de Santos dizendo que não deveriam permitir que eu jogasse no meio daquela garotada. Mas oras, no fim das contas eu também era um garoto. Por que me impediriam de disputar os torneios da minha categoria? Provavelmente o jornalista era pai de algum garoto adversário. Eu nunca mais me mais esqueci disso. 

Corinthians 118 x  109 Real Madrid

Folha de SP - Edição de 06/07/1965
A seguir, tenho em conta que o melhor jogo que eu realizei individualmente na minha carreira foi jogando pelo Corinthians, contra a famosa equipe do Real Madri da Espanha, naquele ano campeã da Europa. Isso se deu no dia 05 de julho de 1965, no ginásio do Parque São Jorge. Naquela tarde, antes do jogo, tive um ataque alérgico nos olhos ao tomar um remédio contra um forte resfriado. Meus olhos fecharam e com muitas dificuldades enxergava alguma coisa. O médico do clube foi na minha casa, a pedido da minha esposa, e aplicou-me uma injeção anti alérgica. 

À noite, fui para o jogo enxergando relativamente bem. A voz corrente entre os torcedores é que eu não jogaria aquele confronto, mas me coloquei à disposição do técnico e lá fui para o jogo. Afinal, eu era o capitão e jamais deixaria de participar do confronto. Só por curiosidade, o Moncho Monsalve, que recentemente foi técnico da seleção brasileira masculina, participou daquele jogo histórico. Há pouco tempo, ele disse que fez 23 pontos naquele jogo (só de brincadeira eu respondo que não poderia ser verdade, porque nós jamais deixaríamos ele fazer 23 pontos).

Folha de SP - Edição de 06/07/1965
Vencemos por 118 x 109, em um tempo que não havia a linha de 3 pontos e as regras eram outras. Nesse jogo, eu fiz 31 pontos no primeiro tempo e 20 pontos no segundo, total de 51. Por causa disso, algumas pessoas, brincando, até hoje me perguntam: -Wlamir, por que voce caiu de produção no segundo tempo? Dou um sorriso mas não dou a resposta... 

Esse jogo foi o melhor jogo de basquete realizado no Brasil em todos os tempos, quem assistiu nunca mais se esqueceu, e até hoje me perguntam sobre aquela disputa. 

Os 3 confrontos contra os Estados Unidos


Jogadores de Brasil e EUA se cumprimentam antes da final do Mundial de 1963 - Reprodução do JB

Os outros 3 jogos, por coincidência, foram contra a seleção dos EUA. Um na Itália, por ocasião das Olimpiadas de Roma, quando fiz 26 pontos e perdemos. Nessa ocasião, a seleção norte-americana exerceu uma defesa individual linha da bola, uma novidade à época, exigindo que nós jogássemos na individualidade pura. Essa seleção dos EUA foi uma espécie do dream team universitário, com Oscar Robertson, Jerry West, Jerry Lucas e outros. Logo a seguir, tornaram-se todos famosos jogadores na NBA. 

Outro jogo foi na final do Mundial de 63, no Rio de Janeiro, quando nos sagramos bicampeões mundiais, no Ginásio do Maracananzinho. Foi o meu melhor jogo nessa competição, também com 26 pontos.

Jornal do Brasil - Edição de 14 de junho de 1967
Folha de SP - Edição de 14/07/67

Por último, o quinto jogo, também foi contra a seleção norte-americana, que retornava do Mundial no Uruguai em 1967. À convite do Corinthians, no retorno para os EUA, eles pararam na capital paulista para um jogo amistoso a ser disputado no Ginásio do Ibirapuera. Vencemos e, como eu não participei daquele Mundial por desavenças com o técnico Kanela, o técnico norte americano perguntou-me após o jogo : -Porque voce não foi para o mundial? Não respondi...".

Novidades no Minas

Como já foi divulgado na imprensa, Raul Togni Filho, ex-auxiliar e pai de Raulzinho, é o novo técnico do Minas Tênis Clube.

A sua chegada ao comando significa duas coisas. Primeiro, que o Minas seguirá com um projeto modesto, muito diferente das duas primeiras edições do NBB. Segundo que os jovens do time deverão ter muito mais oportunidade.

Raul conhece bem a base do MTC e dará espaço para os meninos. Aquilo que vimos na temporada passada, de Arnaldinho tomando minutos de Raulzinho e jogando pra escanteio Cauê Borges não deve se repetir. A permanência de veteranos no elenco ainda é incerta, entre eles, o capitão Sucatzky.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A maior decepção da Liga Nacional de Basquete

Devemos confessar que terça-feira passamos o dia inteiro tentando vencer os sentimentos de raiva e de decepção pelos quais fomos tomados. Afinal, Brasília e Franca, pelo menos seus jogadores e torcedores, não tiveram qualquer parcela de culpa na decisão sem precedentes tomada pelos dirigentes da LNB antes de começar a série final, qual seja, de proibir a transmissão de uma emissora de rádio disposta a disponibilizar a série final a milhões de torcedores, de pelo menos 5 diferentes estados (sem contar, é claro, o serviço online).

Muito pelo contrário, jogadores e torcedores dos finalistas foram vítimas, assim como basqueteiros e todos aqueles que, de maneira geral, torcem pelo sucesso da nossa modalidade do país. Vítima de um ato que atingiu muito mais o basquete brasileiro do que a emissora de rádio pretendente, a Estadão/ESPN.

A volta do basquete brasileiro às rádios dos grandes centros urbanos sempre foi um sonho para o basqueteiro. Já houve tempo, não tão distante assim, em que até partidas dos principais campeonatos estaduais eram disponibilizadas nas grandes rádios.

Vale lembrar, hoje a principal liga de basquete do país é transmitida por uma única emissora de TV fechada e, ainda assim, só um pequeníssimo percentual das partidas é televisionada. Assim, há décadas, em algumas das cidades do interior, rádios locais cumprem um papel brilhante de levar o basquete aos torcedores. Também por isso, cidades como Franca, Bauru e Limeira possuem públicos tão apaixonados.

Com o basquete proibido de circular livremente nas ondas dos rádios, os feitos do imbatível time de Brasília, as atuações históricas de Guilherme Giovannoni e a contagiante entrega dos francanos ficaram restritas a um público infinitamente menor.

A grande teratologia da decisão da LNB é que ela causa prejuízos comerciais diretos às equipes que presenta. Se Assis fechou as portas, é porque nenhum grande patrocinador vislumbra capacidade de expor a sua marca através da equipe. Se o pool de empresas de Araraquara ameaça trocar o basquete da cidade pela Ferroviária e se a Brascola largou o basquete de Joinville para investir no futebol do JEC é porque a situação é realmente dramática.

Quando um evento esportivo é transmitido em rádio para um público potencial de milhões, ainda que os nomes dos patrocinadores não sejam narrados (frise-se que a prática da ESPN, ao contrário da Sportv, é de divulgar), ele tem a sua importância a sua redimensionada. O interesse de um novo público é despertado e, consequentemente, toda a grande mídia passa a acompanhar com maior ímpeto e boa vontade.

Não por outro motivo, ao ler sobre tal proibição pela primeira vez, na ótima análise de Thiago Rocha na coluna Chuá, custei a acreditar. Preferi questionar a LNB primeiramente, mas a resposta foi decepcionante: "Houve sim a consulta da Rádio Estadão ESPN. Porém, o pedido foi um pouco em cima da hora. Tanto a Liga quanto a Globo entendem que essa seria uma parceria viável para a próxima temporada e vão estudar a melhor possibilidade para que isso aconteça a partir da próxima edição do NBB".

Ora, foi um veto único e exclusivo da Rede Globo e a justificativa de o pedido ter sido "em cima da hora" consegue ser constrangedora e constrangida ao mesmo tempo. Novamente, ficou a LNB submissa aos interesses da emissora e não dos clubes que presenta (há muito tempo já prevíamos isto, confira). Não é a primeira vez e, não se engane, não será a última. Basta lembrar que o maior ídolo da história do nosso basquete, Wlamir Marques, por ordem da mesma Rede Globo, foi grosseiramente desconvidado a participar do júri do Torneio de Enterradas na primeira edição do Jogo das Estrelas (ele trabalha eventualmente como comentarista na ESPN).

Isso, obviamente, sem contar com a absurda e radical alteração do formato de disputa do próximo campeonato, trazendo ao basquete a detestada final em jogo único em quadra neutra, apenas para satisfazer à imposição da emissora de TV. E, mais uma vez, não seja ingênuo. A emissora não está fazendo um favor ou uma concessão ao disponibilizar 2 horas de TV aberta por ano ao basquete, mas sim finalizando um negócio que atenderá a interesses próprios. Para o basquete brasileiro, o ganho é irrisório se comparado com o direito à liberdade de divulgar livremente a segunda modalidade mais popular do planeta num país com quase 200 milhões de habitantes.

Tudo isso só nos decepciona. Ainda mais ao ver que dirigentes, da LNB e dos clubes, parecem ignorar a questão como um problema sério, jogando confete para todos os lados, como se o NBB de fato fosse um movimento revolucionário e que estivesse elevando o basquete brasileiro a níveis estrelares.

Essa é a parte que mais preocupa, pois decisões que fogem o senso comum começam a ser tomadas com frequência e a rejeição às críticas também aumentam. Aliás, o que eu mais vejo nas redes sociais da vida são mensagens de dirigentes como "Parabéns a nós, pelo sucesso da liga", "Somos o máximo, enchemos o ginásio". Ora, tenha paciência!

O que a LNB fez até agora pelo basquete foi o mínimo, isto é, com uma ou outra melhora, arrumar a bagunça feita pelos próprios dirigentes dos clubes com a valiosa participação da CBB na década passada, bagunça esta que quase foi responsável por extinguir o basquete nacional.

E tem mais: se há pontos positivos, e dá, com boa vontade, para encontrá-los, nenhum tem a ver com a parte de exposição da liga. A liga nacional é considerada uma atração pequena na sua emissora parceira, mais ou menos no mesmo nível do seu torneio de showbol. O site oficial segue uma tragédia do ponto de vista da forma e do conteúdo, não importa quantas vezes tenha sido criticado e quantas promessas tenham sido feitas para a sua reconstrução. Algumas equipes tentaram transmitir seu jogo pela internet e o resultado foi catastrófico, por mais dignas que tenham sido as tentativas dos pequenos setores de imprensa que cada time tem. Não há nenhum exagero em dizer que do ponto de vista de visibilidade a partir de estratégias organizadas, a liga tem só fracassado dia após dia e isso tem muito a ver com a submissão que tem em relação ao parceiro.

Cabe dizer que, olhando com atenção e não se deixando levar pelo entusiasmo juvenil de quem só sabe olhar o próprio umbigo, mudanças substanciais ainda não chegaram. A manutenção da liga deve ser comemorada, mas não passa de uma obrigação. Temos de ter muito cuidado com essa propaganda toda que será feita em relação ao grande público que compareceu nas finais.

Quem leva o público ao ginásio é o basquete e os seus ídolos. Se o Pedrocão estava lotado, palmas para Hélio Rubens, Vitor Benite, Helinho... se o Nilson Nelson recebeu 18 mil pessoas em cada um dos jogos, palmas para Guilherme Giovannoni, Alex, Nezinho... Atribuir o sucesso de público no ginásio aos dirigentes é um absurdo e contraria a própria história do nosso basquete. Afinal, mesmo num dos anos mais caóticos da história dessa modalidade, com Grego no comando do basquete, o Nilson Nelson recebeu um público de 24 mil pessoas, numa partida da temporada regular do antigo Campeonato Nacional (vide vídeo abaixo).


Finalmente começam a aparecer algumas revelações, mas também não se pode comemorar qualquer revolução técnica - os mesmos 4 ou 5 veteranos dominam o cenário nacional há quase uma década. O nível, a rigor, ainda está muito abaixo do que estava há 10 anos atrás (faça um teste e compare os principais elencos). Geograficamente, não se pode ignorar, o torneio nacional nunca esteve tão concentrado na Região Sudeste.

E, embora o caos da final do ano passado não tenha se repetido, problemas sérios de organização continuam a ser relatados pela imprensa, numa temporada que contou até com soco na cara de torcedor em jogador (praticamente impune). Por fim, franquias continuam encerrando ou suspendendo atividade (Limeira, Bira, Londrina, Assis e, potencialmente, Joinville e Araraquara).

Conheço boa parte dos dirigentes envolvidos no NBB e realmente acredito na boa intenção deles. Contudo, existe uma tolerância contra medidas equivocadas. E essa tolerância já chegou no limite.

A Liga se constituiu em um esforço de ser independente e se livrar das garras de Grego e de Carlos Nunes é condição fundamental para que os clubes sobrevivam de maneira inteligente. No entanto, ser independente significa uma coisa muito simples que qualquer criança em idade escolar sabe: não depender de ninguém. O que a Liga tem feito sem o aval da Globo? Trocamos um chefe por outro? Grego por Carlos H. Schroder? Carlos Nunes por Luiz Fernando Lima?

Somos fãs demais desse esporte para vê-lo reduzido a um novo produto nas mãos de executivos de televisão que podem até gostar do esporte, mas obedecem outra lógica. E que mesmo agora, em que mandam em tudo, não dão nada além de migalhas. E o basquete brasileiro tem trajetória, fãs, orgulho e potencial o suficiente para compreendermos que podemos muito mais. Acreditem no que estamos dizendo. Acompanhamos basquete de perto e há tempo o suficiente para dizer que sem o contrato de exclusividade com a Globo não estaríamos no fundo do poço. Estaríamos no mínimo, no mesmo lugar, se não ainda melhor!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A versão de Joinville

Hoje pela manhã, fizemos um post destacando matéria veiculada no Jornal Notícias do Dia, a respeito de problemas na franquia Joinville. Sobre referida matéria, o site Joinville publicou a seguinte nota oficial:

Joinville Basquetebol Associados através de seu presidente e VO2 Marketing, através de seus proprietários, vem a público prestar esclarecimento à comunidade esportiva de Joinville, imprensa e em especial aos torcedores do Basquete de Joinville, diante das inverdades fomentadas pelo Jornal Notícias do Dia na coluna “Placar” redigida pelo jornalista Elton Carvalho, os quais indagam toda diretoria do Basquete de Joinville e sua Gestora VO2 Marketing que repercutiram de forma negativa em toda comunidade.

Inicialmente cumpre-se ressaltar que hoje a empresa VO2 Marketing, que tem como sócios proprietários Luis Silva, Luisão e Sandro Steuernagel, é contratada da Joinville Basquetebol Associados, JBA.

Existe um contrato entre as partes onde a JBA terceiriza a gestão do Basquete de Joinville nos setores de Logística, Marketing, Comunicação e Administração.

Em relação aos comentários contidos na coluna do mencionado jornalista sobre as logísticas das viagens informa que, efetuamos 16 viagens por 5 estados, dentre estas apenas 2 (dois) trajetos foram feitos por ônibus tendo em vista a localização geográfica da cidade de Bauru e Assis respectivamente, o restante todos os descolamentos de nossa equipe foram feitos de avião. Ressalta-se ainda que nossos atletas em todas as viagens chegaram no mínimo com antecedência de 1 dia antes dos jogos visando o descanso e melhores condições para as partidas.

A saída de Luis Silva da função de supervisor da equipe profissional de Basquete como já externado pelo próprio em todos os meios de comunicação, se deu por motivos profissionais de trabalho, tendo em vista o crescimento e a alta demanda de sua empresa no esporte.

Em relação a atual patrocinadora da equipe, a Brascola não confirma sua saída de maneira oficial, algumas reuniões já foram realizadas com intuito de renovação, inclusive a mesma já renovou seu compromisso por mais um ano com os núcleos sociais do projeto, o qual são atendidos mais de 400 crianças

Vale lembrar que o Basquete de Joinville não possui apenas o patrocínio da Brascola, Univille, Prefeitura Municipal, Embraco, Romaço Rolamentos e Mantac são também patrocinadores oficiais do projeto, matérias como esta podem prejudicar a negociação de um eventual patrocínio ou renovação dos atuais pois o jornalista menciona valores irreais de patrocínio que são guardados por contratos e cláusulas de confidencialidade, é de se estranhar como o mesmo conseguiu tal informação equivocada é um grande desrespeito com a equipe e principalmente com a comunidade de Joinville.

Os salários dos atletas e membros da comissão técnica duramente criticada por Elton, passa de uma grande inverdade, os salários estão com um atraso de 15 (quinze) dias por motivos de altos custos das viagens consecutivas dos playoffs e não por dois meses como de forma mentirosa mencionou.

Outrossim, a vaga da liga hoje realmente esta de posse da empresa VO2 Marketing, tendo em vista que no momento da criação da LNB (Liga Nacional de Basquete) se quer existia a Joinville Basquetebol Associados e conforme mencionado no início da nota as duas partes possuem um contrato de gestão da equipe que inclusive versa sobre a questão da vaga da liga não tendo o que reclamar nenhuma das partes.

Ainda, em sua nota o jornalista menciona o Dr. Ricardo José Roesler como ex-presidente do Joinville Basquetebol Associados (JBA) o que novamente é inverdade, em função do cargo que o Dr. Ricardo exercer no tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina como Desembargador não poderia e nunca o fez presidente da Associação. A JBA em sua história tiveram apenas 2 (dois) presidentes, Sr. Carlos R. Scheneider e o atual presidente Sr. Leonardo José Roesler ambos eleitos por maioria de votos em assembleia da JBA.

Ainda, diante da não atenção ao jornalista por parte dos sócios da VO2 Marketing, estes tiveram a opção de não se pronunciar de maneira individual, pois o mesmo entrou em contato em horário não habitual, tanto que o Jornal “A noticia” entrou em contato com os mesmo em torno das 19horas e foi prontamente atendido.

Isto posto, o Joinville Basquetebol Associados e a VO2 Marketing, lamentam na íntegra as grandes inverdades contidas na reportagem do Jornal Notícias do Dia, especificamente na coluna “Placar”, pois em hipótese alguma as duas instituições jamais se negaram a prestar informações a qualquer meio de comunicação seja da imprensa joinvillense seja da imprensa brasileira. Condenamos qualquer inverdade sobre o projeto e seus dirigentes e repudiamos que jamais ocorra este mesmo fato por parte de alguém que tenha o poder das palavras e instigue a opinião pública desta maneira.

Sabedores da importância e da responsabilidade do Jornal Noticias do Dia perante com a comunidade de Joinville, exigimos um direito de respostas na mesma proporção bem como uma retratação do Jornalista Elton Carvalho pelas inverdades contidas na reportagem.

Falamos com Dimitri Souza, o caçula da Sub19

O anúncio da convocação do ala Dimitri Chatzicharalambous Sousa, do Teramo/ITA, causou surpresa. Não pela sua presença na seleção brasileira, que já era dada como certa nesta temporada, mas pelo fato de o ala de 17 anos ter entrado na categoria Sub19, com garotos até 2 anos mais velhos. Dimitri é irmão do jogador Adonis Sousa e filho do ex-atleta Marcelo Pará.

Dimitri é um menino que já acompanhamos há bastante tempo. E, que pode atuar na posição dois e três. Além de excelentes fundamentos e boa postura na marcação. O fato de atuar bem na Itália mesmo na sub19, já o credencia para nosso grupo” disse José Neto, técnico da Seleção Sub19.

Confira abaixo a entrevista com Dimitri Sousa:

Conte-nos como foi a sua temporada na Itália.
 
Foi ótima. Joguei pela equipe Sub17, Sub19 e Adulto, numa divisão mais baixa, que tem vários jogadores experientes. Fui protagonista nas 3 e, então, deu para pegar um ótimo ritmo de jogo, embora, por causa de todos os jogos, tive pouco tempo para treinar fundamentos.



E como foi essa experiência de atuar entre os mais velhos?

Foi uma oportunidade muito boa, pois joguei contra pessoas mais fortes e que jogam há mais tempo. Assim, tive que me esforçar ao máximo para jogar bem.

Mundando o foco para a seleção brasileira, como foi receber a notícia da convocação para a sub19? Você já havia sido selecionado para o sul-americano sub17...
 
Fantástico, cara! Poder treinar com a sub19 é uma honra, e ter sido lembrado pelos técnicos mesmo sendo dois anos mais novo é uma grande satisfação.

Mas a ideia é mesmo você treinar com as duas seleções nessa pré-temporada?

Sim! 
 
E quais foram suas primeiras impressões sobre a estrutura de São Sebastião do Paraíso? Como foi a sua chegada?

Fui acompanhado por um técnico, e ele me mostrou o ginásio, que é otimo. Os alojamentos, refeitório, academia...tudo de primeira linha. E nós da seleção sub19 estamos no hotel que está do lado do ginásio?

Mas você ficou surpreso com a estrutura, mesmo quando comparado com o que vê na Europa?

 Sim, pois eu não esperava uma estrutra tão boa como essa. Olha, é tão boa ou talvez até melhor que algumas na Europa.

Seu irmão Adonis, apesar de ser de uma categoria acima, já jogou com alguns desses jogadores da Sub19. E você? Já conhecia alguém dessa turma?

Do sub 19 só uns 2 meninos. Da sub16 e da seleção de desenvolvimento ja conhecia alguns outros.

Você é o caçula desta seleção. Não teme brincadeiras, trotes?

Hahahaha. Olha, até agora nao teve nenhum...vamos ver até quando né?

Joinville pode dar adeus ao NBB



A notícia já vinha circulando à boca miúda nos bastidores, mas hoje o nosso amigo Elton Carvalho (Jornal Notícia do Dia) publicou coluna que esclarece ser dramática a situação do basquete de Joinville.

Os salários da equipe estão atrasados há 2 meses, a equipe perdeu o seu patrocinador principal, a Brascola, para o inexpressivo futebol local e, para piorar a situação, ainda há uma guerra velada nos bastidores pela administração da franquia.

É triste, muito triste, ver Joinville neste cenário. A uma, porque a equipe representa todo o estado de Santa Catarina no basquete brasileiro, a duas por que estamos falando de um time que possui uma das torcidas mais apaixonadas e orgulhosas do NBB. Resta torcer para um desfecho diferente do visto em Assis.

Imbatíveis


O time do Brasília não nos deixa muito o que escrever. Através do bicampeonato, simplesmente comprovaram que não há adversários à altura no país. 

Numa temporada praticamente perfeita, os candangos derrotaram os 4 adversários de maior investimento de país para conquistar o NBB (Uberlândia, Pinheiros e Franca nos playoffs) e a Liga Sul-Americana (Flamengo, na final).

É incrível, mas apesar da perda de 2 peças importantes (Valtinho e Estevam) e do reforço das equipes adversárias, Brasília conseguiu subir no alto do pódio novamente e, registre-se, com um basquete muito mais agradável e coletivo.

Guilherme Giovannoni, um daqueles veteranos que sempre tentam aposentar precocemente da seleção brasileira, simplesmente foi o melhor jogador do campeonato, jogando o melhor basquetebol de sua carreira. E juntamente com Alex e Nezinho, formam o trio imbatível do NBB. Trio daqueles capazes de fazer os coadjuvantes brilharem e de vencer as partidas na marra.

A vitória na série final foi tão acachapante, que os torcedores francanos sequer conseguiram ficar com muita dor de cabeça. Seus jogadores fizeram o possível, e até o impossível, como na incrível vitória na prrogação que impediu que o título de Brasília viesse no movimento de uma vassourada.

E parabéns aos torcedores brasilienses. Apoiaram a sua equipe não apenas nos momentos decisivos, mas em toda competição. Mereceram saborear a conquista em sua casa.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Jovem promessa é mantida em São José dos Campos

Conforme matéria do diligente jornalista Ícaro Leal no Lance, o São José dos Campos manteve em seu elenco Ricardo Fischer, uma das principais revelações da última edição de NBB.

Fischer é armador, acabou de completar 20 anos e vem a ser irmão de Fernando Fischer (Bauru). Jogando apenas 10 minutos por partida, o garoto conseguiu médias de 5 pontos e ótimo aproveitamento para a sua idade: 53% nos arremessos de 2 pontos, 36% na linha de 3 pontos e 93% nos lance-livres.

O time do Vale do Paraíba manteve, ainda, Murilo, Fúlvio, Matheus e Jaú. Em compensação, perdeu duas peças, já que Renato e Rafael Mineiro foram recentemente anunciados pelo Pinheiros. Há rumores fortíssimos de que São José está prestes a adicionar o norte-americano David Teague (Flamengo) ao elenco. O ala rubro-negro Jefferson também interessa, mas o foco principal para a posição é mesmo Olivinha, que está com o futuro indefinido no Pinheiros.

Adquira aqui esperança ou otimismo para o Jogo 4

Nesta altura do campeonato, já não há mais tempo para muita coisa. Afinal, falta pouco mais de 1 hora para o jogo 4 das finais do NBB. Cabe agora aos torcedores de Brasília e Franca controlarem as fortes emoções e cruzarem os dedos para que os seus respectivos desejos se realizem, o título ou a oportunidade de decidir o título no Pedrocão (nesta ordem).

Assim, resolvemos apontar uma razão histórica para o torcedor de Brasília ficar otimista e outra razão histórica para o torcedor de Franca ficar esperançoso.

Fique otimista, torcedor de Brasília.

Afinal, em 3 confrontos contra Franca numa série final, sua equipe jamais foi derrotada. Muito pelo contrário, Brasília sempre conseguiu impor grandes vantagens no placar. Na final de 2007, foram 2 confrontos: 96 x 76 e 87 x 69. Na série atual, o resultado foi 92 x 72 para o Brasília. Em comum, os fatos de que todas essas partidas foram realizadas no ginásio Nilson Nelson e de que Nezinho, "inimigo n. 1" de Franca, sempre foi o cestinha de Brasília.

Fique esperançoso, torcedor de Franca.

Afinal, suas grandes conquistas nunca foram entregues de bandeja. Os últimos títulos nacionais vieram em sequência, no tricampeonato de 97/98/99. E, veja só, em todas as três ocasiões o título francano só foi possível graças a viradas espetaculares, com direito a grandes vitórias na casa dos adversários. Em 1997, Franca reverteu um 1 x 2 contra o Corinthians/Pony. Na série final da temporada seguinte, Franca chegou a estar perdendo por 0 x 2, contra Ribeirão Preto (costela da atual equipe do Brasília), mas virou. Por fim, em 1999, Franca derrotou o todo poderoso elenco do Vasco da Gama, depois de estar perdendo por 1 x 2, com a vitória final ocorrendo no Rio de Janeiro.


Bruno Fiorotto fica no Pinheiros


Depois de muita conversa e especulação, o diretor de basquete do Esporte Clube Pinheiros acabou com o mistério: Bruno Fiorotto fica na equipe por mais uma temporada.

O pivô de 26 anos teve médias de 8,6 pontos e 5,6 rebotes em 20 minutos na última edição do NBB, ajudando a equipe da capital paulista a ficar na terceira posição.

Com mais essa importante renovação contratual, o time da Avenida Brigadeiro Faria Lima mantém praticamente toda a base da temporada 2011/12, com exceção (ainda) de Olivinha. Além disso, a equipe adquiriu dois importantes reforços para compor o elenco: Renato e Rafael Mineiro. 

Confira o time base atual do Pinheiros até o momento:

Figueroa
Shamell
Marquinhos - Renato
(xxxxx) - Rafael Mineiro
Morro - Bruno Fiorotto

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rafael Mineiro também reforçará o Pinheiros

O Pinheiros definitivamente deu a arrancada no mercado do basquete brasileiro que, até esta segunda-feira, estava bem para parado. Depois de anunciar a contratação do veterano ala Renato, o diretor Rossi publicou em sua conta do twitter que o ala-pivô Rafael Mineiro é a mais nova aquisição do time da Brigadeiro Faria Lima.

Por outro lado, a contratação de Rafael Mineiro sugerem que são verdadeiros os rumores de que Bruno Fiorotto pode mesmo estar deixando o time, conforme o nosso Giro no Mercado já indica há um tempo. Neste caso, o time da capital perderá em técnica e ganhará em forma atlética.

Rafael Mineiro foi uma das principais revelações da primeira edição do NBB, pelo Paulistano, chegando à seleção brasileira. No entanto, o ala-pivô, que fará 23 anos no mês que vem, não evoluiu muito nas últimas temporadas em São José dos Campos, e teve médias modestas de 8 pontos e 4 rebotes por partida na última edição do NBB.

Sobre essa contratação, vale o mesmo discurso que tivemos em relação ao anúncio de Renato. Tudo vai depender do papel a ser desempenhado por Rafael Mineiro. A menos que haja uma enorme evolução técnica, Rafael Mineiro não representará uma subida de nível sobre Bruno Fiorotto. Contudo, se o rapaz foi contratado para ser a"penas mais uma peça" para o necessitado banco do Pinheiros, aí sim poderá ser considerado um tremendo reforço.

O São José dos Campos, por sua vez, já perdeu dois jogadores de rotação, e ainda não anunciou nenhuma novidade para a próxima temporada. Menos pior que a equipe do Vale do Paraíba foi rápida em anunciar a renovação contratual de suas duas maiores estrelas, Murilo e Fúlvio.

Assis paralisa oficialmente suas atividades

É com pesar que o Giro no Aro reproduz a seguinte nota publicada no site do Assis Basket nesta segunda-feira.

Confirmada a ausência de uma das equipes mais simpáticas do NBB, só nos resta torcer para uma futura volta em breve. Fica registrada aqui a nossa solidariedade com a torcida de Assis. Uma pena!

Brasileiros vão bem na China

Conforme informação veiculada pelo JCNET, o Brazilian All Star, time comandado pelo técnico Guerrinha e que disputa uma série de torneios amistosos na China, conquistou o Torneio Internacional de Shijiazhuang, ao derrotar o Svejtlost da Croácia, por 80 x 68.

O Brazilian All Star é formada por jogadores brasileiros (a maioria do Bauru) e por 3 reforços norte-americanos. Douglas Nunes, uma das melhores novidades do NBB 3, foi eleito o jogador mais valioso da competição, depois de anotar 22 pontos e 12 rebotes na vitória sobre os croatas. 

Outro premiado na competição foi o ala Gui, considerado o "jogador mais espetacular". Não sei bem o que significa este prêmio, mas desde que presenciei uma atuação cheia de personalidade de Gui na série entre Bauru e Flamengo nos playoffs, venho apostando nele como candidato à revelção em 2011/12. O garoto vai completar apenas 20 anos em junho.

Pinheiros anuncia contratação de Renato

Terceiro colocado na 3a edição do NBB, o Esporte Clube Pinheiros, através de seu diretor Rossi, anunciou o seu primeiro reforço para a temporada 2011/12: o ala Renato, que estava no São José dos Campos.

Essa contratação precisa ser analisada com cuidado. Como existe uma possibilidade real de que o time paulistano perca Olivinha, uma de suas principais estrelas, Renato não pode ser visto de forma alguma como substituto. Se assim for, haverá um nítido prejuízo técnico para o time da capital de São Paulo.

Por outro lado, caso o ala esteja sendo contratado para ser um reserva de rotação, poderá ser considerado um grande reforço, e justamente no setor mais deficitário do time do Pinheiros. Basta lembrar que o time sofreu muito com a falta de opções no banco de reservas, com apenas André Góes e Bruno Fiorotto  atuando constantemente nos playoffs.

Nesse contexto, o veterano trará mais opções ofensivas para o Pinheiros. Vale lembrar que Renato terminou a última temporada com médias de 11 pontos, 3 rebotes e 4 assistências por partida.

10 pontos de uma sobrevivência dramática



1 - Não sei se os ingressos já tinham sido vendidos antes do Jogo 2 mas, ainda assim, eu temia que a torcida francana não comparecesse hoje. Nada disso, ela lotou o Pedrocão e apoiou o seu time mais do que o habitual. Foi premiada com uma vitória inesquecível.

2 - Desde que chegou em Franca, o que Marques Lewis mais fez foi regime. O pivô ainda não atingiu o seu peso ideal, mas a sua forma física atual já foi suficiente para garantir a sobrevivência de Franca na série final. O pivô teve a sua melhor atuação na temporada, com 17 pontos, 12 rebotes (6 ofensivos) e 3 tocos (2 deles, para alegria da torcida, em cima do Nezinho).

3 - Passando e conduzindo, Helinho cometeu dois erros inadmissíveis nos segundos finais do tempo regulamentar. Contudo, arremessando, o veterano armador foi o maior responsável pela vitória dramática. Acertou quase tudo, principalmente na prorrogação, tanto da linha de 3 pontos, quanto nos lance-livres.

4 - Vitor Benite finalmente apareceu na série final. O garoto errou mais do que acertou, mas o seu arremesso na prorrogação no estouro do relógio de 24 segundos, com marcação em cima, foi condição "sine qua non" para a vitória francana.

5 - O trio de ouro do Brasília esteve discreto no primeiro tempo. Entretanto, a partir do intervalo, Nezinho, Alex e Guilherme, nesta ordem, apareceram muito bem na partida (novamente em escalas).

6 - Nos 40 primeiros minutos da partida, a tensão de um jogo decisivo potencializou os já habituais erros do basquete brasileiro. Sorte de quem foi insistente e ficou para assistir à prorrogação, quando alguns dos arremessos mais incríveis da temporada foram acertados pelas duas equipes.

7 - O assunto é recorrente aqui no Giro no Aro. As "últimas bolas" no Brasil invariavelmente terminam em fracasso. Franca teve a chance de vencer a partida no tempo regulamentar, mas Helinho se complicou todo com a pressão dos candangos. Por outro lado, Alex poderia ter dado o título ao Brasília na prorrogação, mas resolveu soltar um de seus conhecidos e ineficientes "frangos voadores". Começo a achar que sortudo é aquele que não tem a última posse de bola por aqui...

8 - Infelizmente, a arbitragem deixou a desejar. Pequenos erros acontecem e são perdoáveis, o que não dá para entender é a mudança de critério no meio da partida, ainda mais quando essa mudança ocorre nos momentos decisivos. No meio da partida, Alex deu um verdadeiro escândalo sem ser advertido com falta técnica. Nos minutos finais, Cipriano foi penalizado, sendo excluído da partida e proporcionando uma importante virada para Franca. Além disso, de uma hora para a outra, a arbitragem resolveu soprar o apito para qualquer contato, mesmo para os não faltosos. Um crime para quem defende defesas mais agressivas no basquete brasileiro!

9 - Cá entre nós. Brasília até agora tem sido o melhor time, indiscutivelmente. Mas essa série final não merecia terminar com varrida.

10 - A partida 4 tem tudo para ser igualmente dramática. Diante de 15 mil torcedores, Brasília terá que lidar com a pressão para conquistar o título em casa, enquanto que Franca ainda lutará para seguir viva.

sábado, 21 de maio de 2011

Giovannowitzki




Vencer no Pedrocão não é nada fácil. Vencê-lo numa final de campeonato menos ainda.

Mas Brasília teve em Giovannoni o dono do jogo. O ala-pivô fez o que quis, principalmente no quarto decisivo, e garantiu a importante e impressionante vitória (que foi ainda coroada com um toco espetacular de Alex na bola final).

Guilherme está em grande temporada. Aliás, desde que voltou, vem jogando muito bem. Mas nesses playoffs, está absolutamente imparável. Não por acaso, recebemos, assim que o jogo acabou, a sugestão de Kaique Quadros no twitter para o mais novo apelido: Giovannowitzki.

A chance de jogar em transição certamente é um dos fatores que ajudaram seu jogo evoluir, mas o ala parece até em melhor forma física e certamente mais motivado. Não via Guilherme jogar neste nível desde o Pan de Santo Domingo, em 2003. A esperança para o Pré-Olímpico, com certeza aumenta.

Para os francanos, no entanto, o cenário é de terror. Uma varrida pode ser sacramentada amanhã, dentro dos próprios domínios, perdendo um título de maneira avassaladora. O time é bravo e resistirá. Tem novo capítulo amanhã.

Veja o vídeo com alguns momentos do Guilherme Giovannoni: http://www.youtube.com/watch?v=bLDp9MPIREA

E o toco de Alex:
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Foto de Célio Messias, Divulgação

USC enfrentará Paulistano, Bauru e Flamengo

A tradicional universidade de Southern California (USC), da NCAA, disputará partidas amistosas contra equipes brasileiras do NBB no próximo mês de agosto, conforme informou o pivô Átila Santos, que defendeu o Flamengo na última temporada.

A chegada dos "Trojans" ao Brasil está prevista para o dia 13 de agosto, em São Paulo. No dia 16, está prevista uma partida contra o Paulistano. No dia seguinte, USC enfrentará o Bauru e, finalizando a excursão, está prevista uma partida contra o Flamengo, no dia 19 de agosto, no Rio de Janeiro.

Essa não é a primeira equipe universitária que mede forças contra equipes do NBB. Em 2009, Bradley veio ao país e participou da Copa EPTV contra equipes brasileiras.

Atualmente, USC é liderada pelo montenegrino Nikola Vucecic. Contudo, o ala-pivô está inscrito no Draft 2011 da NBA e poderá não retornar ao basquete universitário na próxima temporada.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Shamell renova



Não foi nem novela. No máximo uma minissérie. Shamell acertou esta noite a permanência no clube da Faria Lima. A reconstrução parece não ser tão inovadora como se propunha. Veremos os próximos passos.

Flamengo trocará patrocínio

Segundo fontes do Giro, a empresa Sky deixará de patrocinar o basquete do Flamengo. A empresa optou por manter o investimento apenas no Pinheiros, clube em que a Sky também estampa a camisa do vôlei.

A novidade trazida pelo Giro, entretanto, é que o Flamengo já estaria em fase avançada de negociação para um novo patrocínio, do mesmo porte da Sky. O nome da nova patrocinadora ainda é mantida em sigilo pelo clube, mas o acordo já é dado como certo no rubro-negro, que já está em busca de grandes reforços.

Efeito Douglas Nunes?


Todos viram o que o pivô do Bauru foi capaz de demonstrar nessa temporada. Com altura, desenvoltura, bons fundamentos, Douglas foi destaque do Bauru no campeonato, certamente o melhor jovem estreante na competição.

Com isso, uma oportunidade que aparece com o fortalecimento do basquete e do mercado brasileiro, e com a crise financeira que tem assolado boa parte do continente europeu (sobretudo a Espanha, que deve sofrer ainda mais na próxima temporada) é fazer o mesmo caminho que Guerrinha e trazer alguém que possa ter efeito imediato na liga.

A idéia é pinçar atletas que saíram daqui muito jovens e têm penado nas ligas brasileiras. Não são poucas as opções. Fazemos algumas sugestões, algumas ligeiramente audaciosas demais, outras nem tanto. Vai da ousadia de cada um para esquentar o Giro no Mercado.

Os mais impossíveis

Paulão Prestes: um dos melhores jogadores brasileiros no exterior, pensar em repatriá-lo, por ora, parece um sonho muito distante. No entanto, se temos entre nós atletas como Guilherme, Alex e Marcelinho, por que não sonhar um pouco alto? O salto de qualidade do NBB se dará a medida que conseguirmos ter os nossos principais atletas jogando aqui.

JP Batista: O pivô tem ainda mais um ano de contrato na França e deve ficar por lá. No entanto, é bom que os clubes brasileiros comecem a atentar para esse nome que traria, certamente, impactos aqui.

Jonathan Tavernari: Nem acho que JT seria tão impactante por aqui. Imagino que seria um bom reserva em um time de ponta. Não será ainda nessa temporada que ele voltará para o basquete nacional. Em vias de regularizar sua dupla nacionalidade, terá mais chances na temporada que vem italiana.

Jovens como Rafael Freire Luz e Augusto Lima, e Marcelinho Huertas não estão nem em um horizonte ligeiramente distante, com chances de serem repatriados. São jogadores de intenso mercado e que acredito que não devem nem constar nas listas de possibilidades, ainda que futuras.

Os menos impossíveis

Vitor Faverani: dos que não me soariam absurdo, Faverani é o principal nome. Talentoso, alto, impactante, não tenho dúvidas de que, se motivado, seria um jogador no NBB do nível de Guilherme Giovannoni ou Olivinha. É talento puro, mas também bastante enigmático. Não hesitaria em tentar consultá-lo. Ousadias podem ser premiadas.

Rafael Hettshmeister: espero que um dia eu consiga acertar no nome dele sem usar o control c control v. O pivô teve ótima temporada e está em seu auge. Não será tão fácil convencê-lo a voltar, no entanto, pela carência que temos na posição, ter o ex-COC no time pode ser um grande reforço.

Marcus Toledo: o ala já teve passagens pela seleção e poderia sim ser repatriado. Sem espaço nos times em que joga, Marcus traria forte defesa e muita força física. Seria interessante vê-lo com mais protagonismo. Para ele, voltar o país pode ser interessante justamente para desenvolver o seu jogo.

Possibilidades Reais

Caio Torres: seu nome já vem sendo especulado para o NBB 4. O Flamengo, pelo que se sabe, andou sondando o atleta, que foi formado pela Thelma Tavernari, no Pinheiros. O jovem era considerado uma grande promessa de nosso garrafão e chegou até a ser convocado para o Mundial de 2006. Não vingou, mas pode sim somar na liga brasileira.

Thiago Labatte: não sei muito sobre o jogador, mas se não me engano, já atuou no NBB 1 pelo Bira. Jogou temporada passada pelo Girona sem muito tempo de quadra. É também pivô e não parece ter tido grandes chances por lá.

Dida Olintho Pereira: o jovem Dida é capitão da seleção sub 19 que disputará o Mundial deste ano ao lado de Raulzinho e Lucas Bebê. Sem grandes chances de desenvolvimento por lá, poderia experimentar o caminho de volta, quem sabe num projeto como o do Paulistano que bota pra jogar talentos em formação como Arthur, seu companheiro de seleção.

Renan Leichtweis: Renan joga na terceira divisão espanhola e tem médias de 10 pontos por jogo. Pouco se sabe sobre ele, mas também pouco se sabia sobre Douglas Nunes.

Guilherme Gitterrer: outro que atua na terceira divisão mas que merece atenção.


Enfim, são alguns dos nomes que atuam em divisões relevantes do basquete internacional e que merecem um pouco de atenção. Quem sabe com pesquisa, consultando as pessoas certas, não seja possível seguir reforçando nosso campeonato nacional?

Esqueci de alguém? Alguém sabe mais informações sobre os atletas em questão? Nos ajude a aumentar as possibilidades para o NBB 4.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sem respostas para o trio



O palco estava bonito e a torcida entupiu o Nilson Nelson. A primeira partida entre Brasília e Franca tinha tudo para ser um grande espetáculo. No entanto, o que vimos foi um show solo. Ou melhor, vimos um trio comandar um show de um time só.

A surpreendente diferença no placar (92 x 72) não apenas reflete bem o que aconteceu em quadra, como dá uma grande moral para o experiente time de Brasília tentar reverter o mando de quadra ou mesmo, quem sabe, aniquilar a série no Pedrocão.

A defesa do Brasília foi muito bem, mas a verdade nua e crua é que o time de Franca simplesmente não encontrou respostas para o melhor trio do NBB. Na hora da decisão, o talento individual faz a diferença e Nezinho, Guilherme e Alex, cada hora um, provaram isso.

No primeiro período, Nezinho não tomou conhecimento de Helinho e manteve seu time vivo, enquanto o restante dos jogadores não acordava. No segundo período, Guilherme comandou uma sessão de atropelamento contra os francanos, causando pesadelos em Dedé e Márcio. No terceiro período, quando Franca já estava com a língua de fora, Alex resolveu aparecer, com a sua defesa fora de série, e colocar uma pá de cal na partida. Não bastasse, o time ainda contou com a contribuição importante do pivô Lucas Tischer.

Por outro lado, Franca viu sua jovem estrela Vitor Benite sair do banco para ter um batismo cruel no confronto direto contra Alex. Quando conseguiu finalmente marcar alguns pontos, a partida já estava completamente decidida. 

Agora, ao lado de sua fiel torcida, Benite e os demais francanos terão a dura missão de superar o Brasília, ou melhor, de superar o poderosos trio candango.

O grande confronto

 X

O ala Alex Garcia cultivou uma notória rivalidade com Marcelinho Machado ao longo das primeiras temporadas do NBB. Agora, o veterano terá pela frente um candidato ao posto de rival 9 anos mais novo.

O anúncio do quinteto inicial para a partida que começará logo mais poderá enganar os mais desavisados, mas apesar de ser formalmente um reserva, Vitor Benite hoje é o principal nome de Franca. E a equipe paulista dependerá do seu jovem ala-armador para fazer frente ao atual campeão do NBB.

Por mais que Franca prime pelo jogo coletivo, nos momentos decisivos de uma série final, o talento individual será indispensável. O próprio Alex demonstrou isso na partida que fechou a série contra o Pinheiros. Quando o Brasília ficou em apuros, foi o ala quem colocou a bola debaixo dos braços e decidiu a parada. Contra Franca não será diferente e se quiser manter o seu reinado, Alex terá que conter essa força emergente.