Mas que tremenda cara de pau, Espanha

Acabo de ler que um dos principais reforços da Espanha para o Eurobasket 2011 é o congolês Serge Ibaka, pivô do Oklahoma Thunder.

Não sei se a notícia é velha, mas não consigo me espantar com ela. A Federação espanhola vem, desde o final do ano passado, buscando a naturalização do jogador que nasceu na República do Congo e que joga nos Estados Unidos há 2 anos.

Basicamente, o único vínculo de Ibaka com a Espanha foi o fato de o pivô lá ter atuado durante 3 anos, antes da transição para a NBA. Mesmo já tendo saído do país há anos, o governo espanhol resolveu agilizar o trâmite da naturalização do jogador, a fim de que ele esteja à disposição da seleção local nos próximos meses.

Seu país de origem, a República do Congo, bem que tentou se opor à prática imperialista. Mas, aparentemente não obteve sucesso, já que recentemente o armador José Calderón afirmou que será o máximo ter Ibaka como companheiro de seleção.

Veja, não tenho nada contra a naturalização de um jogador, desde que ela não seja feita com o único escopo de participar de competições esportivas. O caso de Ibaka é muito diferente, por exemplo, do caso do Shamell. O jogador do Pinheiros já atua no Brasil há mais de 5 anos, possui esposa brasileira, 2 filhas brasileiras, fala português e, acredite, até hoje não conseguiu se naturalizar brasileiro, por conta de da dificuldade imposta pelo governo brasileiro.

A Espanha, muito bem sucedida no mundo dos esportes nos últimos anos, vem constantemente transgredindo a fronteira da ética, inclusive com o assédio de atletas menores de idade. É irônico, já que o país está constantemente no noticiário por conta do tratamento que oferece aos imigrantes. Lamentável!