segunda-feira, 4 de julho de 2011

Marcel e a massificação do esporte

Se outro dia escrevemos aqui discordando da opinião de Marcel na questão envolvendo Larry Taylor, hoje voltamos a abordar uma crítica do ídolo, mas dessa vez para elogiá-lo.

É que em seu último TV Data, Marcel bate exatamente na tecla que consideramos vital, condição "sine qua non", para a evolução do basquete brasileiro: a massificação da modalidade. 

Confira abaixo: 


Marcel está coberto de razão. Centro de Treinamento é importante, e São Sebastião do Paraíso certamente ajudou a lapidar essa turma que está disputando o Mundial Sub19. No entanto, a quantidade de "matéria bruta" produzida no Brasil é ridícula, especialmente se considerarmos o tamanho do nosso país.

E, infelizmente, é exatamente nesse ponto que a CBB e as Federações Estaduais mais deixam a desejar. E vamos combinar, massificar o esporte não é convidar duas dúzias de crianças para uma quadra num domingo de sol para apresentar-lhes a modalidade (leia-se clínicas de basquete).

Massificar o basquete, como bem frisa Marcel, respaldado na experiência de ter disputado o basquete universitário norte-americano, é levar a modalidade ao maior número possível de escolas. Cabe a CBB e, principalmente às Federações Estaduais, a missão de incentivar e até mesmo subsidiar a prática do basquete nas escolas, públicas e privadas.

Imaginem o ganho para o nosso esporte se, por exemplo, essas entidades se comprometessem a instalar/reformar uma quadra de basquete por mês em escolas públicas de cada estado. E, mais, tentem imaginar se elas promovessem frequentes palestras e reuniões com os principais professores de educação física das respectivas regiões, com o intuito de incentivar/aprimorar o ensino da modalidade nessas escolas. E se estimulassem a criação de torneios colegiais?

Vale a pena, pois se você passa a ensinar o basquete nas escolas, o resto é quase automático. 

3 comentários:

  1. Espera aí: tem UM atleta da seleção de desenvolvimento que não treinaram com Roese ano passado e que estava na seleção de desenvolvimento. APENAS UM DOS 12 ATLETAS QUE ESTÃO NA LETÔNIA SAIU DA SELEÇÃO DE DESENVOLVIMENTO.

    Marcel tá fazendo uma sequencia e mostra que estamos errados em levar Larry Taylor. Tudo isso tá incluso na sequencia que esta produzindo para o seu site.

    As outras coisas aqui, temos conversado há anos no meio do basquete.

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  2. Marcel abordou um assunto vital

    JOGAR BASQUETE NA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS

    falta muito disso, por aqui conheço professores que bem tentam, mas sem muito sucesso... muito em conta do Brasil não ser um país vencedor atualmente no basquete.

    Gustavo Ganso 'GuTO'

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  3. Oi Carlos,

    Não continuemos na nossa infindável discussão. Cada qual tem a sua opinião e acho que, nessa altura do campeonato, não vai mudar.

    Continuo achando o Marcel equivocado na visão sobre o Larry Taylor e correto na visão da massificação (mesmo com dezenas de milhares de jogadores ótimos, um brasileiro naturalizado ou naturalizável continuará com o direito de disputar uma vaga). Mas chega desse papo, por favor!

    E não entendi o seu comentário sobre a seleção de desenvolvimento. Estou falando exatamente que serviu para aperfeiçoar os próprios jogadores que já serviam a seleção. Para massificar, obviamente, é que não serve.

    Sobre "as outras coisas aqui" também já tenho "conversado há bastante tempo no meio do basquete". Mas acho que nunca é demais tocar no tema, né?

    Um abraço,

    Alfredo

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