sábado, 30 de abril de 2011

Dragão cai de cabeça erguida

"Ufa! O time de Bauru é muito forte!". Com esta frase, Marcelinho Machado resumia a pedreira que o Flamengo precisou superar para avançar para as semifinais do NBB.

E este não foi apenas um gesto de cavalheirismo ou uma simples constatação no calor de fim de jogo. Aos longos dos últimos anos, já tive a oportunidade de perguntar qual é o confronto mais complicado no NBB e, ao menos para o time da Gávea, a resposta é quase unânime: Bauru.

A equipe do dragão mais uma vez é eliminada nas quartas-de-finais do NBB, mas existe um abismo entre a primeira e a última participações de Bauru nos playoffs. Em 2009, a equipe de Guerrinha chegou a ser humilhada pelo Minas (74 x 47 no jogo 2). Na temporada seguinte, os bauruenses foram eliminados pela atual campeã, Brasília. Em 2011, a principal diferença é que de fato Bauru teve uma chance de superar o seu adversário, com bons jogos tanto fora como dentro do alçapão da Luso.

Com apenas 4 jogadores que disputaram a primeira edição do NBB (Larry Taylor, Fischer, Alex e Ricardo), a equipe desempenhou um dos melhores, senão o melhor, trabalhos de composição de elenco, apesar de trabalhar com um orçamento infinitamente inferior ao dos principais rivais. A equipe de Guerrinha somou o bom (mas destemperado) pivô Jeff Agba; Douglas Nunes, a revelação do campeonato; Pilar, um dos melhores reservas da competição; além de duas ótimas promessas, Thyago Aleo e Gui (este último, responsável por cestas de 3 pontos decisivas ao longo da série contra o Flamengo).

É na base da organização e do planejamento, portanto, que Bauru tenta superar as limitações financeiras. Assim, não assusta que recém eliminada, a equipe já esteja com a maior parte do seu plantel definido para a próxima temporada. A única grande perda em relação a esta temporada deverá ser Jeff Agba, que solicitou um aumento. Por outro lado, a equipe deverá fazer uma excursão à China, levando alguns estrangeiros para testes.

É desta forma, de grão em grão, que Bauru pretende finalmente superar as quartas-de-finais do NBB.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto! Realmente o trabalho realizado aqui em Bauru, está baseado muito mais na competência, organização e planejamento do que na abundância de recursos financeiros! Assim que conseguirmos um aporte um pouco maior de dinheiro, poderemos superar a síndrome das quartas!
    Parabéns ao Guerrinha, direção, jogadores e a torcida!

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