Larry James Taylor Junior nasceu no dia 3 de outubro de 1980 em Chicago, nos Estados Unidos. Antes de se instalar em Bauru, passou por 9 equipes profissionais nos EUA, Venezuela e México. Hoje, está num universo reduzidíssimo de jogadores nascidos no estrangeiro e que joga no Brasil, sem interrupção, desde a criação do NBB.
Aliás, se não me falha o levantamento, além do armador de Bauru, são apenas outros 3 nesta turma: Amiel, Sucatzky e Shamell. Na verdade, estes jogadores já estão no Brasil há mais tempo, todos chegaram antes mesmo da criação da Liga Nacional de Basquete. O argentino cogitou viver com a família definitivamente em Belo Horizonte, mas acabou recebendo uma boa proposta e regressará a seu país de origem; Amiel obviamente não terá essa opção, já que é um atleta exilado; e, hoje, pode-se dizer que a família de Shamell é brasileira.
Na entrevista coletiva do último Jogo das Estrelas, levei um susto: Larry Taylor falou num arranhado, mas completamente compreensível, português. Na ocasião, em tom de brincadeira, perguntei à estrela de Bauru se aquele seria o último Jogo das Estrelas que ele disputaria pelo "time dos estrangeiros" e ele deu uma risadinha tímida.
O longo intróito serve para mostrar que a seleção brasileira não foi "capturar um estrangeiro" como solução para seus problemas, como alguns defendem. Na verdade, Larry Taylor, que chegou ao Brasil em 2008, já preenche há algum tempo os requisitos para se tornar um brasileiro naturalizado, nos termos do artigo 113, parágrafo único, combinado com o inciso IV. Em suma e sem mais termos técnicos, para a naturalização de um estrangeiro de recomendável capacidade profissional exige-se um prazo de 2 anos de residência, dentre outros requisitos.
Por isso também que, ainda que o processo de naturalização de Larry Taylor não dê certo, a presença de seu nome na lista de Rubén Magnano poderá ser considerada um acerto, e não um "mico". Afinal, não há prova maior de que o sujeito é de recomendável capacidade profissional do que ser listado como um dos 20 melhores jogadores do país.
Não seria a primeira vez, muito menos a última, que um brasileiro naturalizado defenderia a seleção. Como bem lembrou o leitor Marcel Pereira, a seleção bicampeã do mundo em 1963 contou com um brasileiro nascido na Argentina (Sucar) e com outro nascido na Polônia (Victor Mirschauswka).
Sobre a questão de este "não ser este o caminho certo" para o desenvolvimento do basquete nacional, concordo plenamente com a análise feita pelo Rodrigo Alves. Ao montar a seleção brasileira adulta principal, a CBB e a sua comissão técnica devem ter uma única coisa em mente: montar um time com os melhores jogadores brasileiros ou, no caso do Larry, que tenham legitimidade para se tornar brasileiro.
Usar a seleção para experimentos, para uma renovação forçada ou como vitrine de potenciais talentos, seria desastroso. O destino costuma ser triste com as seleções que não conseguem levar os seus melhores, e a história mostra isso.
A obrigação de desenvolver o basquete brasileiro também pertence à CBB, mas a seleção não é o instrumento adequado para isso. Desenvolver o basquete é levar a modalidade às escolas, investir na criação de novas quadras públicas e apoiar o desenvolvimento de competições nos quatro cantos do país. Infelizmente, poucos costumam cobrar esse tipo de ação da entidade máxima do basquete.
Dito isso, caso consiga formalizar a sua naturalização a tempo e caso tenha, de fato, interesse em defender a seleção, Larry Taylor será apenas mais um jogador no comando de Rubén Magnano. Não chegará para ser a solução, mas sim para integrar. Se for medíocre, será cortado, se for excepcional, poderá ser uma estrela do time. E para tal julgamento, confio no trabalho do nosso técnico.
OBS: A bem humorada montagem que ilustra o artigo nos foi enviada pelo Gustavo Ganso.
Concordo com tudo...acrescento também que com a ajuda do larry, temos mais chances de ir para as olimpíadas e esse será o primeiro passo do basquete, rumo a ser novamente popular no brasil.
ResponderExcluirMais jovens vão se interessar pelo esporte e quem sabe, mais no futuro, não precisemos fazer a naturalização...mas no momento, ela se mostra necessária...sem falar que o larry mostra mais vontade de defender a seleção que muito brasileiro por ae.
VCs são ridículos!
ResponderExcluirO cara tem 3 anos no país depois de ter passado por vários outros países para exercer a sua profissão.
E tenho de escutar q o cara tem mais vontade de jogar pela seleção brasileira. Mais do que CARAS q tiveram q se criar sozinhos durante anos por aqui, como o NENÊ.
Então eu ñ entendo pq tanto ódio ao NENÊ, SEGUINDO A LINHA DE VCS O VAREJÃO, O NENÊ, O LEANDRINHO DEVERIAM A MUITO TEMPOS SEREM PROSPECTOS DA SELEÇÃO AMERICANA!
O PRÓPRIO SPLITTER DEVERIA TER JOGADO PELA ESPANHA como o Huertas até hoje e como criticar o IBAKA que se criou no esporte na ESPANHA e a sua naturalização aqui é super-criticada a diferença única é q como esses caras ñ estão se reforçando outras seleções VCs ficam despeitados e se confudem e qualquer argumento, por isso todos vcs q defedem o LARRY na seleção nunca se explica densamente, só se diz : ele é melhor q o Benite, então tem de jogar( pesamento pobre e de perdedor!) .
AGORA PQ VCs criticam os caras q ESTÃO LÁ FORA À ANOS EM OUTROS PAÍSES QUANDOO ELES NÃO QUEREM REPRESENTAR O BRASIL, JÁ QUE SEGUINDO A VISÃO DE VCS ELES Ñ deveriam ter mais ligações com o brasil do que os seus novos países.
Para min é claro 3 anos no Brasil não faz o larry mais brasileiro q niguém! A diferença é q VCS só olham para os seus umbigos e querem vencer a qualquer custo sem sequer querer pensar no o que isso acarreta na formação de novos jogadores.
Passar bem.
Precisa a análise de vocês.
ResponderExcluirSe o Shammel, por exemplo, fosse um nome indiscutível e tivesse sido chamado, acho que não teríamos tanta resistência, justamente pelo fato da adaptação dele por aqui. Pelo que vi no twitter, não estou certo do número limite de jogadores nacionalizados em cada seleção, mas não acho que a convocação do Taylor seja uma ameaça ao trabalho de base ou aos clubes. É uma resistência natural de um patriotismo por vezes exacerbado e contraditório, como na ocasião das contratações do Moncho e Magnano.
No entanto, concordo que o número de 3 estrangeiros para o NBB talvez seja alto. Mas a seleção é outra coisa, e trata-se de um caso isolado e para testes. O Brasil precisa de um armador com as características dele e, sinceramente, torço para que dê certo!
Abs!
oq acarretaria a não convocação do larry?
ResponderExcluiro brasil nao indo para as olimpíadas de novo ajudaria em que?
outra coisa, levar o larry não exclue o fato de investir na base...tem que ser feito também....
vamo tirar o cabresto e pensar maior
Larry sozinho é o fator que vai ganhar o pré-olímpico?
ResponderExcluirFoi mal, eu não sabia disso!
rsrsrsrs!