sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nenê, Marcel e a tal da "brasilidade"

Enquanto ainda descia o pó de toda polêmica envolvendo a convocação de Larry Taylor, eis que surge a notícia de que Nenê, nascidíssimo no Brasil, pediu dispensa da seleção brasileira. Posso estar enganado nas contas, mas parece ter sido a oitava vez nos últimos dez anos.

Não vou entrar no mérito de seus problemas contratuais (ele decide até o próximo dia 30 se assina ou não uma extensão com o Denver Nuggets ou se vira agente livre) e pessoais (sua esposa aguarda um bebê para as próximas semanas), que já foram divulgados pela imprensa.

O que eu gostaria de fazer é abordar a dispensa do Nenê em cima de alguns comentários de Marcel, um dos maiores ídolos da história do basquete brasileiro, sobre o fato de o técnico da seleção brasileira ser um argentino e sobre um atleta que busca a naturalização ter sido convocado: "Quem defendeu o Brasil tanto quanto o Oscar desenvolve um sentimento de “brasilidade” que, não obstante o CV do Magnano e a qualidade técnica de LB (ainda a ser avaliada nas grandes competições internacionais) nunca irão ter".

Bem, o Nenê defendeu a seleção brasileira no Goodwill Games de 2001 e graças a sua atuação na partida contra os Estados Unidos (os famosos 3 tocos seguidos em Jermaine O´Neal) foi parar na NBA no ano seguinte. Hoje, sua "brasilidade" já até virou motivo de chacota entre os argentinos (não para o técnico da seleção, obviamente).

Por sua vez, Larry Taylor, ao saber de sua convocação, parecia bobo como uma criança, e diz torcer para que o seu processo de naturalização seja finalizado a tempo. "Ah, mas ele é só um profissional querendo ir às Olimpíadas" rebate, em outras palavras no já citado artigo, Marcel. Quer dizer, Raulzinho e Vitor Benite, dois jovens cujas "oportunidades estariam sendo roubadas" por Larry Taylor, não são profissionais e não desejam disputar Olimpíadas?

Ora, ninguém é ingênuo. Como todo e qualquer jogador de basquete, os dois garotos sonham em jogar na Europa ou na NBA. Se atingirem o objetivo, vão ter a opção de, aí sim, demostrar a tal da "brasilidade" ou de ignorar a seleção brasileira.

Já disse mais de uma vez, e repito: tenho mil motivos para criticar a CBB, a começar pela absoluta falta de transparência no comando do basquete brasileiro. Tenho um ou outro motivo para criticar o trabalho do campeão olímpico, como a convocação do Diego e a ausência do Olivinha. Entretanto, no "caso Larry Taylor", foi feito o certo. Abriu-se a lista de jogadores nascidos no Brasil, abriu-se a lista de jogadores nascidos no estrangeiro, mas que já possuem os requisitos constitucionais e legais de naturalização (olha o listão aí: Larry Taylor, Shamell e Amiel), e convocou-se aqueles que a comissão técnica entende como os 20 melhores.

Não consigo vislumbrar qualquer atalho neste processo, como sustenta Marcel. Atalho é o jogador ser convocado para um torneio importante sem antes ter mostrado condições técnicas ou um técnico ser alçado ao comando da seleção brasileira sem ter sido testado e aprovado em competições de alto nível. Desse tipo de "brasilidade" quero distância...

6 comentários:

  1. Assim como o Pelé, o Marcel de boca fechada é um poeta...

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  2. Sou a favor de pedir a naturalização do Jeff Agba e convocar no lugar do NENE.

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  3. 8 pedidos de dispensas nos últimos 10 anos?!!!

    VC TÁ CONTANDO AS CONTUSÔES DE JOELHO, PANTURILHA, O CÂNCER, FRATURA DO BRAÇO como pedido de dispensa?!!

    E digo mais vcs que se dizem grande respeitadores do mundo globalizado que defedem o Larry na seleção. Eu pergunto seguindo a linha de VCS os 8 ANOS! repito OS 8 ANOS dele nos EUA pode fazer dele AMERICANO com direitos maiores inclusive do que o LARRY q só ficou aqui 3 anos NO BRASIL:

    COMO VCS QUEREM CRITICAR O JOGADOR QUE MORA A 8 ANOS NOS EUA DE NÃO QUERER EM ANO DE NOVO CONTRATO E DE NASCIMENTO DO FILHO DE NÃO QUERER DEFENDER ESSA "SEGUNDA" CASA Q HOJE É O BRASIL, SEGUNDO VCS????????

    VCS NÃO SE ACHAM UM MÍNIMO INCOERENTES?????

    WILL13,
    ABS.

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  4. me desculpe quem discorda, mas a minha opinião é a seguinte.

    Se a CBB fez ou não sacanagem com ele, quem paga o pato não são eles, e sim nos os torcedores de basquete, a impressão que temos do Nene é que ele sempre faz pouco caso com quem realmente apoia o esporte aqui do BR, que somos nos, eu vc aqui do forum... e se ele fosse tão revoltadinho assim com a conferedação, que viesse jogar e ganhasse algo de importancia, pra ai poder usar de sua voz pra fazer algum protesto contra ela.

    Nene faz o que quiser de sua vida, óbvio que sim...

    e quem o critica tem razão tambem, nunca vai ser lembrado como um grande ídolo do basquete brasileiro.

    eu só lamento por mim, por vcs e pelo propio jogador, que parece que nunca vai disputar um Mundial ou Olimpíada por seu país.

    segue a vida, e que o Magnano possa dessa vez trabalhar com um elenco sem alimentar falsas esperanças como foi no ano passado.

    Gustavo Ganso 'GuTO'

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  5. É opção do Nenê, fazer o que? É polêmico e triste para nós torcedores (eu, inclusive, passei a acompanhar basquete mais de perto com a ida do Nenê para a NBA). Entretanto, tem que se respeitar.
    Quanto aos comentários de "brasilidade" acho isso balela. Vocês disseram tudo em relação ao Larry: constituição permite, ele tem o desejo de jogar e a comissão técnica o entende como convocável. Pronto! Gosto do Marcel, ele tem conhecimento. Embora discorde de posts como esses, espero que um dia ele possa mostrar na prática (como técnico e em alto nível) tudo o que sabe.
    Abs!

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  6. Ja era o esperado
    o Nene sempre foge da seleçao
    podia nem convocar esse cara
    aproveita e ja arruma uma desculpa tbm leandrinho
    o amor a camisa amarela morreu mesmo viu
    da inveja do q acontece na argentina viu

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