O tempo passa para todos, inclusive para mim. No último sábado estava disputando a pelada do meu bairro no meio de garotos mais novos, na faixa dos 20 anos. Entre um jogo e outro, o assunto virou Shaquille O´Neal.
Como não mais acompanho NBA com o mesmo vigor de até 5 atrás, não fazia ideia de que se prenunciava a sua aposentadoria, apesar de ser um tanto óbvio. Todos ali respeitavam Shaq, mas nenhum parecia ter a exata dimensão do que aquele gigante imenso e sorriso de garoto fez.
Pudera, essa turma tem a imagem do esforçado e baleado pivô do Celtics e do Cavaliers ou do peixe fora d´água que entrou na correria comandada pelo Phoenix Suns há alguns anos. No máximo, lembram-se do coadjuvante de Dwayne Wade no título de 2005, pelo Miami Heat.
Contudo, foram as campanhas com o Magic e Lakers que fizeram Shaq se tornar um mito no basquete. Como não acompanhei Magic x Bird e como Michael Jordan não teve adversários à altura, o duelo entre Shaquile O´Neal e Hakeem Olajuwon tornou-se o mais impressionante que vi até hoje.
Quando estava no Los Angeles Lakers ensinou-me o significado da palavra dominante no basquete. Os adversários, sem qualquer exceção, armavam-se todos com o intuito de minimizar o estrago provocado pelo pivô. Shaq era um cavalo, carregava nos ombros marcação dupla, tripla e até quádrupla na direção da cesta. Por nunca ter aprendido a cobrar lances livres, acabou tornando-se talvez o pivô que mais apanhou na história do basquete.
Muitas vezes foi acusado de ser força bruta pura, sem qualquer talento, mas o fato é que talvez nunca exista um gigante daquele tamanho com tanta coordenação física. Pelo menos para mim, Shaq deixará muitas saudades!
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